Campo Grande, 19 de abril de 2024

Novo Técnico do Flamengo da sua Primeira coletiva

Dome: ” A grande diferença, com certeza, se perguntar a técnicos europeus, dirão a velocidade do jogo. Não dos jogadores, mas de toques rápidos, de atacar mais rápido. Ultimamente na Europa estão pressionando rapidamente quando se perde a bola”.

Dome: “No futebol europeu se joga mais rápido que no Brasil. No Brasil é muito técnico. Ultimamente acredito que tenha mudado, muito estádios estão melhores, o que é muito importante para o espetáculo. A grande diferença pode ser a velocidade, o ritmo de treinamento forte, mas o jogador brasileiro está acostumado a jogar assim. No Barcelo vimos jogadores brasileiros, em Bayern, Rafinha e Dante, no City, Fernandinho, Gabriel Jesus… São capazes. Muitos pensam que o jogador brasileiro toca muito a bola, gosta de jogar mais lento. Eu não concordo. Acho que o jogador brasileiro pode jogar de qualquer maneira porque tem muita qualidade. No Brasil você pode jogar rápido como na Europa, é minha ideia. Rápido quer dizer se pode jogar a dois toques, não jogar a três, se pode jogar com três toques, não jogar com quatro. Dar velocidade sendo muito ofensivo”.

Dome: “Só é possível estar num grande clube como o Flamengo se você é capaz de vencer. É o principal. Já disse que é vencer, mas como vencer. Quero que o Flamengo tenha um estilo próprio. Gostaria de ficar por muitos anos aqui no Rio com o Flamengo, isso quer dizer que quero ganhar títulos para o clube, que os dirigentes estejam felizes, os torcedores muito contentes, e eu também. Não estou aqui para ficar um, dois anos com sucesso e sair. Hoje, quando estou feliz num lugar, quero ficar dois, três, quatro anos, que quer dizer que ganhamos”.

Dome: “Sei que não é fácil para outras pessoas entenderem quando técnicos estrangeiros trabalham em outro país. Eu respeito muito os técnicos brasileiros, há grandes aqui. Acredito que o técnico europeu pode acrescentar coisas diferentes, viemos para somar ao grande clube que é o Flamengo. Creio que o treinador brasileiro é muito respeitado fora daqui, me lembro do Felipão, do Luxemburgo no Real Madrid, que fizeram grandes trabalhos. Não é uma questão sobre técnico estrangeiro ou brasileiro, todo técnico tem suas próprias ideias. Na Europa se joga mais rápido que aqui. Acredito que o brasileiro é muito respeitado em todo mundo. O projeto do Jorge Jesus foi ganhador, isso abre portas. Estamos muito feliz de estar aqui. Todo técnico tem suas ideias, temos que respeitar muito os técnicos brasileiros”.

Dome: “Flamengo pode usar meus conhecimentos sobre o futebol europeu. Eu li uma entrevista de Pablo Marí que falava muito bem do Flamengo, o que é normal, todo mundo fala bem desse clube. Eu posso ajudar o clube em conhecimento, eu e minha equipe técnica, sobre o futebol europeu, não só do Manchester City. Muitos jogadores me ligaram, interessados no que fazia se tivesse oportunidade, é um clube muito grande. Tem um perfeito scout, time de analistas. Os mais importantes no clube são os dirigentes, sempre que eu tiver algum conhecimento que possa ajudar estarei com presidente, com o Marcos (Braz), com o Bruno (Spindel), mas podemos trazer conhecimento sobre jogadores europeus, porque são muitos anos trabalhando com isso”.

Dome: “Rafinha é muito generoso. Foi muito importante no Bayern de Munique e no Schalke, muito importante na Bundesliga, no futebol alemão. Fazem quatro anos que não falo com ele, mas profissionalmente tenho muito respeito, porque o que demonstrou na Alemanha é que é um ganhador. Uma pessoa muito importante, muito respeitada na Europa. Estou ansioso para poder trabalhar novamente com ele”.

Dome: “Nós precisamos de tempo, cada treinador precisa de tempo. Para mim estilo não é formação no campo, 4-4-2, 4-3-3… Estilo é se quer jogar com a bola, se é ofensivo, se é ganhador no campo. Creio que seja impossível estar no Flamengo e não ser ganhador, porque isso está na alma, no sangue, não? Vamos colocar o que somos, mas temos que respeitar muito o trabalho que foi feito com os jogadores, é importante mudar pouco a pouco. Não chegar como um elefante entrando num lugar pequeno e estragar tudo, porque o trabalho do Jesus foi fantástico. Temos que aproveitar esse trabalho e melhorar um pouco com nossas próprias ideias, por isso estamos aqui. Se formos capazes de aproveitar o bom trabalho de Jesus e o bom trabalho nosso vamos fazer o melhor Flamengo”.

Dome: “Somos capazes 100% (de enfrentar as competições). Quando trabalhei com Barcelona, Bayern e Manchester City foi a mesma coisa. Jogamos cada semana três jogos, o mesmo que vai acontecer com o Flamengo. Estou acostumado a jogar partidas a cada dois, três dias. O mais importante são as primeiras semanas, minha comissão observar como estão os jogadores. Nos últimos dez anos da minha vida tive jogos a cada dois, três dias. Não vim aqui de férias, e gostaria, porque é muito bonito. Vim trabalhar muito duro com minha comissão, que aproveito a agradecê-los por terem me acompanhado nessa viagem tão bonita ao Brasil. Espero que daqui muitos anos, quando Flamengo estiver contente comigo, possa estar aqui de férias. Mas agora de férias não há nada”.

Dome: “Eu tinha várias ofertas na Europa e América. Mas pessoas de confiança na América do Sul me falaram do possível interesse do Flamengo. Eu disse “para tudo”. Quando Flamengo te chama, você não pode dizer não. Eu não sei se o Brasil sabe o respeito que o Flamengo tem fora da América. É muito respeitado na Europa. Quando se fala na espanha de clubes brasileiros o primeiro que se tem à cabeça é o Flamengo. Então quando me falaram do Flamengo eu disse “para tudo, primeiro é o Flamengo. Se a coisa for adiante teremos um bom processo com o Flamengo, é minha primeira opção 100%”. Flamengo é uma das equipes do mundo que não se podem comparar. Foi fácil para mim quando me falaram sobre o interesse. Era minha primeiro opção poder trabalhar com esse grandioso clube”.

Dome: “Respeito muito Jorge Jesus, ganhou tudo com o Flamengo. Nós temos nosso próprio estilo, pouco a poucovamos impletamentar. Mas pouco a pouco, tem que se respeitar o trabalho de Jesus e jogadores, foi um projeto ganhador. Aos poucos colocamos o nosso próprio, muito similar ao Jesus, ofensivo, mas com pequenas diferenças. Tem que se respeitar quando um treinador é jogador, conheço Jesus quando trabalhava no Benfica e Sporting, parece um grande técnico. Queremos continuar ganhando títulos, com nosso próprio estilo”.

Dome: “Todos sabem que tenho uma filosofia muito similar ao treinador que estava trabalhando. Gosto do jogo ofensivo, prefiro ganhar de 4 a 3 do que 1 a 0. É importante para o Flamengo ganhar, ganhar e ganhar, mas para mim também importante como ganhar, não só ganhar. Na minha cabeça é importante para a torcida ser feliz. Um futebol ofensivo, bonito e ganhador. Essa é minha filosofia, por isso sou técnico. Muito ofensivo, ter a bola e ser protagonista. É o que tem que fazer quando se está num grande clube”.

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