Campo Grande, 28 de março de 2024

Bachelet pede investigação russa ‘independente’ sobre envenenamento de Navalny

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu nesta terça-feira (8) uma investigação “independente e imparcial” por parte das autoridades russas sobre o “crime muito grave” cometido contra o opositor Alexei Navalny. As autoridades russas negam qualquer envolvimento no caso.

Especialistas alemães afirmam que Navalny, de 44 anos, foi envenenado com uma substância do tipo Novichok, agente neurotóxico desenvolvido pela União Soviética para uso militar. O principal opositor do Kremlin, que passou mal a bordo de um avião em agosto, foi transferido de um hospital da Sibéria para Berlim. Na segunda-feira (7), ele deixou o coma induzido.

Bachelet afirmou, em um comunicado, que “negar a necessidade de uma investigação completa, independente, imparcial e transparente sobre essa tentativa de assassinato não constitui uma resposta adequada”.

“Cabe às autoridades russas investigar em profundidade quem foi o responsável por este crime muito grave cometido em solo russo”, acrescentou.

Bachelet disse ainda que agentes neurotóxicos como o Novichok e Polônio-210 são substâncias sofisticadas extremamente difíceis de se obter.

“Isso levanta muitas questões. Por que usar substâncias como essas? Quem as usa? Como as conseguiram?”, indagou.

Durante uma entrevista coletiva da ONU, em Genebra, o porta-voz de Bachelet, Rupert Colville, disse que “não estar em posição de fazer acusações diretas” ao ser questionado sobre os culpados.

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