Campo Grande, 28 de março de 2024

Em carta à torcida, Campello diz ter desmantelado esquema que roubava o Vasco: “O sistema é f…, parceiro”

A dois meses do fim de seu mandato embora não haja um sucessor definido, o presidente do Vasco, Alexandre Campello enviou extensa carta aos torcedores do clube nesta terça-feira. Num documento com cara de despedida e com palavras alusivas ao personagem “Capitão Nascimento”, interpretado por Wagner Moura em “Tropa de Elite”, ligou sua infância em Nilópolis-RJ até a chegada ao cargo mais importante dentro da hierarquia vascaína. E, ao falar de política, disparou para todos os lados.

Campello resume seus três anos de mandato a uma luta contra o sistema, que, em sua visão, sempre privilegiou interesses pessoais. Cita ter cortado privilégios, enumera inimigos sem nomeá-los e encerra a carta com a frase que marcou Capitão Nascimento: “O sistema é f…, parceiro”.

Embora não tenha identificado no texto os adversários a quem se refere, fez alusões claras a Julio Brant, quando trata da ruptura em 2018; a Sérgio Frias, ao citar reunião no mesmo ano que discutia o pagamento de mensalidades; e a Leven Siano, com quem discutiu asperamente no pleito do último dia 7.

Sérgio Frias respondeu Alexandre Campello em nota publicada no site “Casaca”. Confira abaixo:

“Ao pé frio, Alexandre Campello,

O fundamento da reunião convocada, em noite de jogo de um time que nunca foi o meu, porque jamais me entendi rubro-negro, foi mostrar aquilo que ficaria evidenciado no mês seguinte: uma tentativa sórdida do presidente do clube de impedir a entrada de centenas de sócios, por conta do proponente, algo fora do estatuto, evidentemente. Quis eu cortar o mal pela raiz, porque sabia que a raiz das intenções de tentar de todas as formas impedir a entrada de novos sócios estatutários no clube era podre”.

Entre várias denúncias, Campello afirma ter desintegrado um esquema que “roubava dinheiro do clube” no início de sua gestão.

– Ainda no início da gestão, desmantelei um esquema dentro da Operação de Jogos. Não vou usar de meias palavras: funcionários, com a conivência — ou melhor — a cumplicidade de dirigentes, roubavam dinheiro da bilheteria em todas as partidas. Não satisfeitos, essa quadrilha ainda apresentava recibos fajutos para inflar as despesas de jogo, em conluio com prestadores de serviço. Cortamos esse mal pelo raiz – afirma o presidente.

Compartilhe

Facebook
Twitter
WhatsApp