O empresário Jamil Name Filho e o policial civil aposentado Vladenilson Olmedo, suspeitos de integrarem milícia em Mato Grosso do Sul, foram transferidos na madrugada desta terça-feira (5), da Penitenciária Federal de Campo Grande para a de Mossoró (RN).
O advogado de defesa de Jamil Name Filho, Fábio Gregório, disse que foi surpreendido com a transferência do seu cliente de Campo Grande para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Ele disse ainda que tinha uma visita agendada para quinta-feira para uma primeira conversa com Jamil Name Filho e que agora vai se inteirar da situação para falar sobre o caso.
Já o advogado José Belga Trad, que representa Vladenilson entende que a transferência foi desnecessária e ilegal, porque ele já estava em uma penitenciária federal e em regime disciplinar diferenciado.
A transferência deles, do também policial civil, Márcio Cavalcanti, e de Jamil Name, está autorizada pela Justiça Federal desde 14 de outubro. Jamil Name foi transferido dia 30 de outubro e Márcio ainda continua em Campo Grande.
Jamil Name e Jamil Name Filho são suspeitos de chefiarem a milíciaque, segundo investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Garras, teriam executado ao menos três pessoas em Campo Grande e estariam planejando “a maior matança da história de Mato Grosso do Sul”.
O Gaeco e o Garras chegaram até o grupo em investigação de força-tarefa montada após a morte do estudante Matheus Xavier, em 9 de abril. Ele foi morto por engano. O alvo seria o pai dele, capitão da Polícia Militar aposentado, que já havia trabalhado para os Name.
Após a morte do rapaz, o clima ficou tenso no grupo por causa do erro. Dez dias depois, a polícia apreendeu um arsenal com um ex-guarda municipal que seria o responsável por organizar as execuções a mando de Jamil Name pai e filho.
O grupo foi preso em 27 de setembro. Desde então, os apontados pela polícia como os principais integrantes continuam na cadeia. Ele também teriam tramado um atentando contra a vida do delegado do Garras, Fábio Peró.