Os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – continuam sendo intensificados em Campo Grande. Desde o início da semana, agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) atuam na eliminação de focos e potenciais criadouros do mosquito e na orientação dos moradores nas nas áreas que estão com índices altos, com base no Levantamento Rápido de Infestação do Aedes (LiRaa) realizado neste mês.
Nesta quarta-feira (27), os agentes estiveram percorrendo a área de abrangência da UBSF Jardim Botafogo fazendo a vistoria dos imóveis. Ações semelhantes já ocorreram nas áreas da UBSF Jardim Azaleia, UBSF Jardim Seminário, UBS São Francisco e UBS 26 de Agosto
Para a aposentada Arminda Campos Nogueira, 64 anos, o trabalho dos agentes é extremamente importante e reforça a necessidade de cada um fazer a sua parte.
“Em casa eu tomo todos os cuidados para evitar água parada. A gente não pode dar bobeira para o mosquito. Já ficamos doentes aqui e não queremos passar por isso de novo”, disse.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Veruska Lahdo, o objetivo é reforçar a prevenção para garantir que o município não sofra com novas epidemias.
“Até o fim do ano iremos realizar ações em todas as regiões que tiveram indices maiores de infestação, reforçando a necessidade da colaboração de todos. Não basta apenas o Poder Público fazer a sua parte, a população também precisa ajudar neste enfrentamento, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das casas”, complementa.
Nestas ações, além da realização do chamado trabalho mecânico, com a eliminação de focos, os moradores também recebem orientações sobre a maneira correta de prevenir a proliferação do mosquito, evitando o acumulo indevido de materiais inservíveis de pequeno ou grande volume que possam acumular água e se tornar criadouros.
Casos
De janeiro até o dia 19 de novembro foram registrados 16.547 casos confirmados de dengue no município. Somente em março, onde ocorreu o pico da epidemia, foram 9.721 notificações. Oito pessoas foram vítimas fatais da doença. Casos de zika e chikungunya foram 431 e 235, respectivamente.
Prevenção
– Nas lajes e calhas, tire folhas e tudo o que impeça o escoamento da água;
– Pneus velhos ou que não estão sendo utilizados devem ser guardados em locais secos e cobertos;
– Bordas de fontes e piscinas devem ser lavadas com escova semanalmente;
– Pratos de vasos de flores e de plantas devem ser preenchidos com areia;
– Garrafas e embalagens PET podem ser encaminhadas para a coleta seletiva ou guardadas de boca para baixo;
– Caixas d’água devem estar sempre bem tampadas;
– Coloque água sanitária em ralos e locais que possam ter água parada;
– O lixo deve ser colocado em sacos plásticos fechados e depositados em lixeiras, que também devem estar tampadas;
– Potes de água de animais domésticos devem ser lavados com água e sabão;
– Materiais de construção devem ser armazenados em ambientes cobertos e secos.