Campo Grande, 28 de março de 2024

Bandido que escavou 70 m de túnel para chegar a cofre do Banco do Brasil fugiu da cadeia cavando outro túnel, diz polícia

“O buraco parte de uma edícula e um deles cavava uma média de 2 a 3 metros por dia e este já fugiu da prisão cavando túnel. Lá ele conheceu outro comparsa com passagem de roubo a banco e este o ajudou na ação criminosa, tanto para fuga da cadeia quanto agora na tentativa de chegar ao cofre do Banco do Brasil”, afirmou ao G1 o delegado João Paulo Sartori, responsável pelas investigações.

Túnel com cerca de 70 metros é descoberto pela polícia em Campo Grande. — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Túnel com cerca de 70 metros é descoberto pela polícia em Campo Grande. — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Para manter a estrutura, onde eles alugaram um galpão comercial em maio deste ano, havia um alto custo, sendo em torno de R$ 21 mil semanais. “Primeiro eles alugaram o local com uso de documento falso e, a princípio, o proprietário não tinha conhecimento da ação criminosa. Depois, eles fizeram uma porta para tampar a vista da edícula e, em seguida, começaram a cavar túnel.

Polícia divulgou imagem dos presos que escavaram túnel do Banco do Brasil em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia divulgou imagem dos presos que escavaram túnel do Banco do Brasil em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Bandidos mantinham água mineral estocada sem rótulos para evitar rastreamento, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Bandidos mantinham água mineral estocada sem rótulos para evitar rastreamento, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

“Ali tinha o local em que eles tanto estocavam terra como descansavam, há seis meses. É o mesmo período que eles já vinham sendo investigados aqui no Garras [Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros]. A investigação também apontou que um deles tinha um empresa de construção em Cuiabá e lá ele disse pra mulher vender tudo porque iriam trabalhar na obra de um shopping em Campo Grande, no qual ganhariam muito dinheiro”, explicou o delegado. mulher do grupo fazia contabilidade

Já na capital sul-mato-grossense, a única mulher do grupo, que ainda não teve a identidade revelada, soube do que realmente se tratava e passou a fazer serviços de contabilidade para os suspeitos. Além do custo operacional com gasolina, alimentação, o grupo também gastava comprando cal e fazendo investimento em ferramentas e equipamentos de inteligência.

Túnel com 60 metros de comprimento liga galpão à Central do Banco do Brasil, em Campo Grande. — Foto: Arte/G1

Túnel com 60 metros de comprimento liga galpão à Central do Banco do Brasil, em Campo Grande. — Foto: Arte/G1

“Pelo que foi apurado não ia ter explosão ali, eles usariam a força com macacos hidráulicos. Eles também tinham aparelhos de rastreamento, como bloqueador de sinal eletromagnético para desligar qualquer sinal de aparelho celular, wi-fi e ainda retiraram os rótulos das garrafas de água para não serem rastreados. Toda a origem do dinheiro para manter essa estrutura está sendo investigada e suspeitamos que seja de origem ilícita”, disse Sartori.O inquérito foi instaurado como organização criminosa, uso de documento falso e tentativa de roubo. Na sede da delegacia, além dos presos, foi apreendido um caminhão e duas caminhonetes usadas pelos bandidos.

Bandidos tinham ferramentas e pretendia chegar ao cofre usando macaco hidráulico, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Bandidos tinham ferramentas e pretendia chegar ao cofre usando macaco hidráulico, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

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