Cerca de 150 agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetorias (CCEV) estarão mobilizados durante força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – que acontece nesta quarta-feira (29) na região das Moreninhas. A abertura da ação aconteceu no parque Jacques da Luz, de onde os servidores e voluntários iniciaram a caminhada que percorreu diversas ruas do bairro visando sensibilizar a comunidade.
Um dos propositores da ação e morador da região, o vereador Chiquinho Telles destacou a importância da participação da população no enfrentamento ao mosquito e enalteceu o trabalho que vem sendo executado pela Prefeitura de Campo Grande.
“Todos nós sabemos que essa guerra não é só do Poder Público, por isso nós estamos juntos também mobilizando a população e sabemos que a Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde, está atenta e trabalhando muito”, disse.
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, parabenizou a iniciativa e reforçou a necessidade do envolvimento de toda a comunidade neste trabalho que deve ser continuo.
“Enquanto não houver uma solução definitiva para se conter as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti nós temos que fazer a nossa parte e intensificar as ações preventivas. E nisso é de suma importância a participação da população. Por isso a ferramenta da educação e sobretudo a conscientização é fundamental”, disse.
Segundo o chefe de serviço de combate ao Aedes Aegypti da CCEV, Vanderlei Rossati, a expectativa é de que aproximadamente 2,4 mil imóveis sejam vistoriados pelos agentes somente nesta quarta-feira. Além da realização do chamado trabalho de bloqueio, a ação visa orientar a população sobre as medidas de prevenção.
“Vamos seguir de casa em casa fazendo o trabalho de vistoria destes imóveis, identificando e eliminando focos, mas também orientando os moradores “, disse.
De acordo com a supervisora de área da Saúde, Edivana Morales com a caminha é possível alertar a população sobre os perigos da dengue e o trabalho é feito em todos nos bairros da Capital.
“Nas residências, os principais cuidados são com as plantas, e as águas das chuvas que os moradores acumulam nos tambores e vasilhames, nesses pontos a população deve tem mais atenção, onde são encontrados os focos do mosquito. Pratinhos de águas dos cachorros devem ser trocadas diariamente. As calhas e as caixas d’agua que ficam abertas devem ser conferidas”, frisa Edivana.
Para o coordenador do Controle de Vetores da Sesau, Wagner dos Santos, os trabalhos neste dia serão concentrados na Região dos Bandeiras, onde estão localizados os bairros Moreninhas, Cidade Morena e Nova Capital que é um complexo de bairros que serão envolvidos nesta ação.
“Aqui é uma das regiões mais populosas de Campo Grande e todas as ações nesses período estão voltada na eliminação do foco da dengue. A comunidade da região chamou a equipe de combate à dengue para trabalhar e divulgar na importância para o morador evitar no foco na residência e a Sesau fazer as visitas domiciliares”, completa Wagner.
Cinco pontos de recolhimento de materiais inservíveis e resíduos de grande volume, como sofás, geladeiras e televisores velhos, também foram disponibilizados para a população.
Moreninha II
Rua Camaçari (Buracão)
Moreninha III
Rua Murué com a Rua Mandacarú
José Maksoud
Rua Copaiba com a Rua Antônio Davi Macedo
Cidade Morena (Centro Comunitário)
Rua Firminópolis, 347
Santa Felicidade
Avenida Roque Borges Daniel (Canteiro).
Dados epidemiológicos
Até o dia 28 de janeiro foram registradas 1.539 notificações de dengue em Campo Grande e um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.
Houveram ainda 19 notificações de Zika Vírus e nove de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.
Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.