A primeira etapa da megaoperação de combate ao Aedes aegipty, “Mosquito Zero – É matar ou morrer”, realizada na região do Imbirussu, terminou nesta sexta-feira (31) com saldo positivo. Mais de 4 mil imóveis foram vistoriados e 250 focos do mosquito Aedes eagypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – eliminados.
Durante dez dias, os mais de 300 servidores atuaram na visitação de imóveis, limpeza de terrenos públicos, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos e na orientação e conscientização da população sobre os riscos e consequências das doenças transmitidas pelo mosquito.
Segundo o balanço da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foram 4.202 imóveis visitados, 4.950 depósitos e 250 focos eliminados e 17 caminhões caçamba de resíduos recolhidos.
Segunda etapa
A próxima região a receber a operação Mosquito Zero será a do Anhanduizinho. O lançamento da ação está previsto para ser realizado na terça-feira, dia 04, a partir de 09h, na Escola Municipal Professor Wilson Taveira Rosalino, localizada na Rua Tokuei Nakao, s/n, Bairro Aero Rancho III.
A exemplo da região do Imbirussu, serão instalados pontos de descarte para que a população possa levar materiais inservíveis de grande volume, como sofás, geladeiras, móveis em geral, entre outros.
Área 01: R. Catiguá com R. Medrado e R. Maria de Lurdes Vieira de Almeida – Bairro Centro-Oeste.
Área 02: R. Iemanjá com R. Tumbergia e R Gerbera – Bairro Aero Rancho.
Área 03: Av. Sen. Filinto Muller com R. Gabriel Abraão e R. Gabriel Abrão – Bairro Parati.
Área 04: R. Elvira Pacheco Sampaio com R. Belmira com R. Julia Pereira de Souza – Bairro Alves Pereira
Área 05: R. Dom Fernandes Sardinha com R. Benedito Viana com R. Aristides Lobo – Bairro Los Angeles
Área 06: R. Antônio Carlos Esporotto com R. Dario Anhaia Filho – Bairro Lageado
Cronograma
A expectativa é de que até abril as sete regiões de Campo Grande tenham recebido uma ação semelhante, conforme cronograma pré-definido.
- 1ª Semana – Imbirussu.
- 2ª Semana – Anhanduizinho.
- 3ª Semana – Bandeira.
- 4ª Semana – Prosa.
- 5ª Semana – Lagoa.
- 6ª Semana – Segredo.
- 7ª Semana – Centro.
Mosquito Zero
A “operação Mosquito Zero – É matar ou morrer” é uma iniciativa da Prefeitura Campo Grande e envolve diversos órgãos da administração municipal e instituições públicas e privadas parceiras.
Ações
Desde agosto do ano passado, a Prefeitura tem intensificado as ações de enfrentamento ao mosquito, antecipando a chegada dos períodos críticos de chuva e calor. As equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Sesau têm realizado diariamente o trabalho de orientação e eliminação de criadouros do mosquito.
Além de inspeções em residências, é feita a vistoria em pontos estratégicos, áreas consideradas de maior risco de proliferação de mosquito e que exigem um trabalho específico, a exemplo de borracharias, oficinas mecânicas, pontos de recicláveis, construções, casas e construções abandonadas.
Recomendações
Durante as visitas, os profissionais de saúde orientam os munícipes a seguirem os cuidados necessários: nunca deixar ao ar livre qualquer recipiente propenso a acumular água, manter a limpeza de terrenos e quintais em dia, instalar telas nas janelas, colocar areia até a borda dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, limpar e trocar a água de bebedouros de animais, proteger ralos pouco usados com tela ou jogar água sanitária.
Dados epidemiológicos
Segundo informação da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, até o dia 28 de janeiro foram notificados 1.539 casos de dengue em Campo Grande. Um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.
Além dessas, ainda foram registradas 19 notificações de Zika Vírus e nove de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.
Durante todo o ano de 2019, foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos, impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.
Infestação pelo Aedes
Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.
O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.
O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.