Campo Grande, 11 de dezembro de 2024

Brasil investiga 14 casos suspeitos de coronavírus, diz ministério

O Brasil investiga 14 casos suspeitos do novo coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde. Nenhuma infecção foi confirmada. Desde o início do monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil já descartou ao todo 13 suspeitas.

Situação desde domingo (1º)

  • Um caso suspeito no Ceará foi descartado
  • Um caso no Paraná foi descartado
  • Rio de Janeiro voltou a registrar um caso suspeito
  • São Paulo descartou um caso e voltou a ter 7 suspeitas
Casos suspeitos de coronavírus por estado
11772244Rio de JaneiroSão PauloSanta CatarinaRio Grande do Sul012345678
Fonte: Ministério da Saúde

Santa Catarina e Rio Grande do Sul continuam com a mesma quantidade de pacientes em investigação: 2 e 4, respectivamente.

Entre os 14 casos suspeitos, 11 deles estão passando pela etapa de testes para vírus comuns, como o influenza. Caso um vírus já conhecido no Brasil seja detectado, a chance de o paciente ter coronavírus é descartada.

Outros três casos já deram negativo para doenças comuns e, agora, estão em um teste específico apenas para o 2019 n-CoV.

Quarentena de brasileiros

De acordo com o Ministério da Saúde, a escolha de onde será a quarentena dos brasileiros trazidos da China ficará a critério do Ministério da Defesa. O local será uma base militar, com possibilidade de ser em Florianópolis, em Santa Catarina, ou em Anápolis, em Goiás.

Para o ministro Luiz Henrique Mandetta, são três as razões principais para a “cautela” ao trazer os brasileiros:

  1. A cidade de Wuhan escolheu fazer um isolamento. Quando se entra em um local de quarentena, se mantém em estado de quarentena.
  2. Lá estão concentrados 67% de todos os casos.
  3. Quando se traz pessoas de várias regiões do país, elas seriam espalhadas para vários estados do Brasil. Por isso, a quarentena tem que manter todos eles juntos.

Emergência de saúde pública

Na quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Infecções mais rápidas

O 2019-nCoV está se espalhando mais rápido, mas têm menor letalidade do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARs-CoV, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do que o H1N1, um dos vírus da Influenza tipo A, que levou a uma pandemia em 2009 e que continua fazendo vítimas.

A SARS levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da OMS.

Outra comparação mostra também que o vírus H1N1 é mais letal. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, o agente responsável por uma das variações da gripe Influenza A matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.

Recomendações

Os especialistas recomendam a “etiqueta respiratória” para evitar a transmissão: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros e sempre lavar as mãos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os serviços de saúde adotem protocolos de prevenção antes, durante e depois da chegada do paciente, com desinfecção e ventilação de ambientes.

Para quem trabalha em pontos de entrada no país, como aeroportos e fronteiras, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas.

Caso haja algum caso suspeito em aviões, navios e outros meios de transporte, é recomendado usar máscara cirúrgica, avental, óculos de proteção e luvas. A inspeção de bagagens deve ser feita com máscara cirúrgica e luvas.

Por Brenda Ortiz, G1

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