Campo Grande, 29 de março de 2024

Na Tribuna, médico defende federalização do Hospital do Trauma de Campo Grande

A sessão ordinária desta quinta-feira (6) contou com a participação do médico da Cassems, Ronaldo Costa, que usou a Tribuna para falar sobre o Fundo Municipal de Saúde de Campo Grande e sobre o funcionamento do Hospital do Trauma. O convite para falar sobre o tema foi feito pelo vereador Ayrton Araújo do PT.

Inicialmente, o médico contou sobre a elaboração do projeto para construção do Hospital do Trauma em Campo Grande. “Essa unidade de saúde foi uma área que incialmente seria uma maternidade, dentro do corpo da Santa Casa, essa unidade recebeu uma dotação inicial de R$ 4 milhões de reais para construção de uma maternidade. Essa Maternidade não foi concluída, no local da maternidade foi redefinido um novo ambiente, um novo projeto, esse projeto chama-se: Hospital do Trauma. Para que houvesse a concordância do Ministério da Saúde em fazer essa obra, em financiar a construção com dinheiro público, a área do Hospital do Trauma foi desafetada, ela passou para o Ministério da Saúde, foi feito um Termo de Ajustamento de Conduta. Então, o Hospital do Trauma é um Hospital Federal. Nós levamos 20 anos para concluir a obra de um Hospital Federal”, afirmou.

“E, até agora, essa unidade está desativada e, ainda, com a tentativa de transferir a unidade do Hospital do Trauma para Santa Casa, isso não está certo, a população de Campo Grande merece, ela merece o cuidado do Ministério da Saúde, merecemos que esse Hospital do Trauma funcione com recurso 100% público, atendendo SUS. Merecemos que Campo Grande, Mato Grosso do Sul tenham uma unidade de alta complexidade de ortopedia. Precisamos do empenho de todos”, defendeu.

Outro ponto defendido na Tribuna por Ronaldo Costa foi a desprivatização dos recursos do Fundo Municipal de Saúde. “Nós temos o recurso para saúde de R$ 1 bilhão e 300 milhões de reais por ano para uma população de 900 mil habitantes. Fizemos uma vez um levantamento do custo per capita mensal do paciente do SUS e, é mais caro que o custo do convênio e as pessoas recebendo um atendimento precário. Precisamos desprivatizar os recursos do Fundo Municipal de Saúde. Hoje, existe em Campo Grande um gasto mensal de 78% do recurso do fundo para compra de serviços particulares. O nosso fundo está privatizado, só 22% é investido em recurso próprio, pagamento de salário, construção em unidades novas de saúde”, alegou.

“Nós temos que fazer com que o nosso município assuma a responsabilidade de executar as ações de saúde, que a unidade básica tenha médico 12 horas por dia, pagar um salário bom para o profissional, estruturar o plano de carreira, isso é uma necessidade de Estado. Nós temos que criar perspectiva positiva dentro no município e desprivatizar o SUS. Como uma cidade do porte de campo grande não tem um Hospital Municipal, isso é um desrespeito com a saúde das pessoas”, disparou.

Por fim, o médico Ronaldo Costa defendeu a federalização do Hospital do Trauma.  “Temos que assumir a responsabilidade com a efetivação do Sistema Único de Saúde público, gratuito e de qualidade para todas as pessoas. Temos que pedir para federalizar o Hospital do Trauma efetivamente, que faça concurso e componha a equipe. Campo Grande vai ser premiado com serviço de alta complexidade. Estamos à disposição para lutar pela saúde de Campo Grande”, finalizou.

Dayane Parron
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

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