Campo Grande, 10 de dezembro de 2024

Rede estadual de saúde do RJ tem 70% dos leitos de UTI ocupados com pacientes com coronavírus

O Estado do Rio de Janeiro tinha, na manhã desta segunda-feira (13), 70% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) — usualmente destinados a pacientes mais graves — ocupados por pessoas contaminadas com coronavírus.

O número de mortes no RJ chegou a 170. Outros 115 óbitos estão sob investigação das autoridades. São mais de 2,8 mil casos da doença confirmados.

O estado teve 15 novas mortes por Covid-19 identificadas nas últimas 24 horas.

Mortes confirmadas no RJ por Covid-19
Primeiros óbitos foram registrados em 19 de março
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Fonte: SES-RJ

Município do Rio

Na capital do estado, são 1.996 casos confirmados e 106 mortes. A doença chegou a 143 bairros da cidade, que tem 263 casos recuperados.

Na rede municipal, 117 pessoas estão internadas no Hospital Ronaldo Gazolla. Destas, 44 estão em leitos de terapia intensiva. A unidade é considerada referência no tratamento do coronavírus.

Copacabana, na Zona Sul, é o bairro da cidade com mais mortes, com 9 casos. Em número de casos confirmados está em segundo, com 120 registros. Em primeiro lugar está a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com 166 casos da doença.

Em número de óbitos, a Tijuca, na Zona Norte do Rio, vem em segundo lugar, com 7 mortes. Em terceiro está Ipanema, na Zona Sul, com 6 mortes por Covid-19.

Fiscais param ônibus

Na Avenida Brasil, na saída para a Via Dutra, fiscais estão parando os ônibus e os passageiros que estiverem aglomerados são obrigados a descer e esperar o próximo ônibus. Nos trens da Supervia, havia pouca aglomeração. A concessionária registrou queda de 60% no número de passageiros.

No BRT, corredor exclusivo de ônibus, também não havia aglomeração esta manhã.

Os táxis estão rodando pouco por causa da queda no número de passageiros. Por isso, a Prefeitura do Rio está distribuindo cestas básicas para os profissionais.

Filas

Nesta segunda, uma longa fila se formava diante da agência da Receita Federal em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que só abre às 10h.

Nesta terça-feira (14), recebem aqueles que estão no Cadastro Único, não recebem Bolsa Família e não têm conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa Econômica Federal.

A corrida para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 tem causado filas nas agências da Receita Federal do Rio para regularização de Cadastros de Pessoas Físicas (CPF), exigência para conseguir o benefício.

Segundo o órgão, entre os principais problemas com o documento estão o cadastro com dados incorretos ou incompletos, pendências no Imposto de Renda ou com a Justiça Eleitoral.

Segundo a Receita Federal, é possível conferir se o documento está regular pelo site da instituição. Para a checagem, é preciso ter o número do documento e a data de nascimento.

Se for necessário regularizar o CPF, a Receita oferece duas opções online: uma delas é o formulário para alteração de dados cadastrais, como o estado civil ou endereço. A outra é pelo chat, que é a página para conversa online com um atendente.

Quem não conseguir acesso ao site, pode enviar um e-mail para a receita pelo endereço atendimentorfb.07@rfb.gov.br.

A Receita Federal informa, ainda, que é importante verificar se — ao preencher o cadastro para pedir os R$ 600 — o nome do requerente, o nome da mãe e a data de nascimento são iguais aos que constam na base de dados do órgão.

Maio e junho

Na tarde deste domingo (12), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deu entrevista ao repórter Murilo Salviano, do Fantástico.De Goiânia, no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, Mandetta falou sobre os meses que virão.

“A gente imagina que os meses de maio e junho serão os 60 dias mais duros para as cidades. A gente tem diferentes realidades. O Brasil, a gente não pode comparar com um país pequeno, como é a Espanha, como é a Itália, a Grécia, Macedônia e até a Inglaterra. Nós somos o próprio continente. Sabemos que serão dias duros. Seja conosco ou qualquer outra pessoa”, explicou o ministro.

Ele afirmou que os números ainda não refletem a realidade do problema.

“Primeiro, nós sabemos que esses números estão subestimados. Dentro do que a gente pensava lá no início, em fevereiro, fazendo simulações com outros países, fazendo adequações pro nosso clima, mais ou menos a gente sabia que chegaria na primeira quinzena de abril a aproximadamente com esses números. Sabemos também desde o início que fizemos a projeção que a segunda quinzena de abril seria a quinzena que aumentaríamos e que o mês de maio e junho seriam os meses de maior estresse pro nosso sistema de saúde”, afirmou Mandetta.

Por Edivaldo Dondossola, Bom Dia Rio

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