Depois de comunicar a saída do Inter ao fim do ano, D’Alessandro participou de uma entrevista coletiva com jornalistas na tarde desta segunda-feira. Abordou os mais variados assuntos, entre pedidos de união interna, reconhecimento da má fase da equipe e o relacionamento com o ex-técnico e amigo Eduardo Coudet.
O camisa 10 colorado ainda não decidiu em que clube atuará a partir de janeiro de 2021, mas “certamente” não será o Celta de Vigo. A relação direta a Coudet, que deixou o Inter para treinar o time espanhol, soou como alfinetada. Porém, deixou a entender que o estilo de jogo do treinador não se encaixava com suas características.
– Certamente para o Celta de Vigo eu não vou ir. Isso tenho certeza. O Coudet continua sendo meu amigo, isso não vai acabar. Mas ele sabia e eu também que não tinha relação com o D’Alessandro jogador e o Coudet treinador. Isso ficava fora. Foi um relacionamento profissional. Gostaria de ser mais utilizado. Até pela proximidade que tenho com ele, falei meu pensamento, ideias. Ele também. Fomos adiante. Mesmo que o Coudet ficasse, a decisão já estava meio que tomada – comentou.
D’Alessandro concedeu entrevista coletiva de terno e óculos — Foto: Ricardo Duarte / Internacional
Em tom crítico, D’Ale cobrou maior empenho para pacificar o clube. Depois da saída do vice de futebol Alessandro Barcellos para concorrer à presidência como oposição, o ambiente interno fervilha politicamente. O argentino inclusive disse ser mais colorado que muitos torcedores e citou uma crítica que recebeu de um conselheiro nas redes sociais.
– Nem tudo é o que parece. Eu gostaria de um clube mais unido, sem falta de respeito. Recebi ontem um Twitter de um conselheiro do clube, que está em uma chapa: “Esse gringo 171 que se arrasta em campo”. Os conselheiros podem não gostar do que tenho entregado em campo, mas precisam respeitar meu caráter, minha índole. Nunca desrespeitei o clube, eles – disparou.