O deputado Amarildo Cruz defende a implantação do curso de Serviço Social, de forma presencial, na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Nesta quarta-feira, junto com o deputado Pedro Kemp, o parlamentar participou de reunião com assistentes sociais e a presidente do Conselho Regional de Serviço Social (Cress -21º Região-MS), Maria Joana de Barros, para debater o assunto.
“É importante dotar uma universidade pública com um instrumento necessário e transformador que nós sabemos que é o serviço social. E principalmente no momento que nós vivemos no nosso país, no nosso estado e nas nossas cidades. Para mim é um satisfação poder participar desse processo”, ressaltou.
Com a finalidade de oferecer formação mais aprofundada e atender as demandas do mercado de trabalho, a reivindicação é apresentada desde 2017 pelo Cress. O curso foi criado em Mato Grosso do Sul, há mais de 40 anos, em uma universidade privada. Posteriormente, outras universidades privadas também criaram o curso presencial. No entanto, nos últimos anos, as instituições optaram por oferecê-lo no formato EAD (Ensino a Distância). Atualmente, curso presencial é oferecido apenas no município de Três Lagoas.
Em nível nacional, o Estado é um dos poucos da Federação a não possuir o curso presencial público. “Com o advento do ensino a distância, os cursos presenciais foram se tornando inviáveis para as universidades privadas que estão submetidas ao capital financeiro”, defende o conselho.
O ensino do Serviço Social, em particular, exige não apenas o rigor nas disciplinas teóricas, mas igualmente, um rigor na formação prática, no estágio curricular dos alunos.
A oferta do curso de forma pública possibilitaria formação de qualidade e maior acesso. O conselho destaca ainda o recorte de classe e gênero característico da profissão. Os acadêmicos, em sua maioria, são mulheres oriundas das classes trabalhadoras.
Também participaram da reunião as assistentes sociais Eloisa Berro e Valdete Barros.
Demanda – Recentemente foi aprovada a Lei Federal 13935/19 que prevê a contratação de Assistentes Sociais na Educação Básica, o que demandará grande contingente profissional para a área.
Atualmente, o Conselho, autarquia responsável para orientar, fiscalizar, disciplinar e defender o exercício profissional possui 5.329 profissionais inscritos; destes, 3.446 ativos no Estado.