Jon Jones não está mais preso. O ex-campeão meio-pesado do UFC, que foi detido às 5h45 da manhã desta última sexta-feira em Las Vegas, acusado de violência doméstica e adulteração de veículo, foi liberado após o pagamento de fiança na noite desta sexta-feira.
Segundo o boletim de ocorrência, o valor da fiança estava estipulado em US$ 8 mil, cerca de R$ 43 mil, e uma audiência inicial estava marcada para a manhã deste sábado para análise do caso. Essa audiência foi remarcada para às 13h30 (horário local), mas o lutador e seu advogado não compareceram pessoalmente.
Segundo a “ESPN”, a próxima audiência está marcada para o dia 26 de outubro, quando será definido se a queixa terá andamento ou não. Ainda de acordo com o site, um juiz da Corte Judicial de Las Vegas decidiu que houve “causa provável” para a prisão, o que significa que uma “amostra biológica do réu deve ser submetida ao laboratório forense apropriado para análise de marcadores genéticos”.
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Jon Jones foi solto no mesmo dia em que foi preso, após pagar fiança — Foto: Evelyn Rodrigues
Jon Jones foi detido em Las Vegas acusado de agressão por violência doméstica e por “tampering” com um veículo, o que pode envolver desde roubos pequenos de itens em veículos abertos ou destrancados até adulteração de veículos com intuito de machucar outras pessoas.
Na noite de quinta-feira, Jon Jones esteve presente à cerimônia de introdução da classe de 2021 do Hall da Fama do UFC. Ele foi um dos homenageados: sua épica luta contra Alexander Gustafsson no UFC 165, em 21 de setembro de 2013, foi imortalizada na ala de Lutas Históricas do Hall.
Longo histórico de problemas com a lei
Tão longa quanto sua impressionante sequência de vitórias no UFC é a ficha criminal de Jon Jones, 34, que vem alternando grandes performances dentro do octógono com problemas com a lei do lado de fora. O caso mais recente aconteceu em março de 2020, pouco depois do início da pandemia do novo coronavírus, quando o ainda campeão meio-pesado foi preso por dirigir embriagado e por uso negligente de arma de fogo em Albuquerque, Novo México.
Antes disso, Jones já foi preso outras duas vezes por acidentes com automóveis: em 2012, quando, embriagado, bateu o carro num poste, e em 2015, quando se envolveu numa batida com três carros e fugiu da cena. Em 2019, o lutador também foi acusado de molestar uma dançarina em uma casa noturna.
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Foto de Jon Jones sendo fichado pela Polícia de Albuquerque, nos EUA, em 2020 — Foto: Reprodução
Atualmente, Jon Jones vem treinando para subir de categoria e desafiar o campeão dos pesos-pesados (até 120,7kg), Francis Ngannou, após abrir mão do título do peso-meio-pesado (até 93kg). Com um cartel de 26 vitórias, uma derrota e um “No Contest” (luta sem resultado), “Bones” não perde uma luta desde 2009, quando foi desclassificado de forma controversa contra Matt Hamill por usar um golpe ilegal.
Desde então, são 17 vitórias consecutivas, maior sequência da história do UFC (a organização, contudo, considera que a série foi interrompida com o “No Contest” contra Daniel Cormier em 2017, uma vitória anulada por doping). Jones tem 14 vitórias em disputas de cinturão e 11 defesas de título, também recordes da companhia.