A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou a júri popular pela morte do comerciante Marcel Colombo, o empresário Jamil Name Filho, o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios, o policial federal aposentado Everaldo Monteiro Assis e o também ex-guarda civil metropolitano Rafael Antunes Vieira. Os quatros também são acusados de outros homicídios na capital sul-mato-grossense.
Conforme a sentença de pronúncia dessa terça-feira (22), Jamil, Marcelo e Everaldo devem ir a júri popular por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem meio de defesa. Os três também vão responder por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras em relação a Thiago do Nascimento Bento, que foi atingido por um tiro na perna e sobreviveu. Já Rafael Antunes vai responder por porte de arma.
Execução
O crime aconteceu em 18 de outubro de 2018, quando ambas as vítimas estavam em um bar de Campo Grande. Marcelo Rios e Rafael teriam atirado a mando de Jami Name Filho.
A execução teria sido motivada por uma discussão entre o empresário e Marcel Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, ocorrida em uma boate.
Segundo testemunhas, o rapaz teria pego gelo no balde de bebidas de Jamil Filho, que não gostou da situação. Marcel Colombo teria então segurado o empresário e empurrado o rosto dele, causando um arranhão. No dia seguinte, Jamil Filho mandou que se descobrisse quem era tal pessoa, resultando na execução.
Organização Criminosa
Os quatro são acusados de integrarem uma organização criminosa que agia em Mato Grosso do Sul. Eles estão presos, por conta de outras acusações na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A investigação sobre a morte de Playboy avançou como um desdobramento da operação Omertá, realizada por uma força-tarefa que envolveu o MP-MS e várias unidades policiais e levou a desarticulação da milícia em setembro de 2019.