A relação literária entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso será o tema da palestra “Literatura de fronteira: diálogos perenes entre AML e a ASL”, no Chá Acadêmico promovido pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras do mês de julho. A palestra tem entrada franca e terá início às 19h30min do dia 28 de julho, na sede da ASL em Campo Grande, na rua 14 de julho, 4653, nos altos do bairro São Francisco.
A ASL receberá para proferir esta palestra três integrantes da Academia Mato-Grossense de Letras (AML): Eduardo Mahon, Cristina Campos e Olga Maria Castrillon-Mendes. Nomes significativos da nossa literatura contemporânea, autores de várias obras publicadas. Mahon falará sobre a questão das publicações e da crítica; Cristina abordará o semantismo das águas na região fronteiriça; e Olga vai refletir sobre o fenômeno fronteiriço da literatura produzida nos dois estados (MT – MS).
Na abertura do Chá Acadêmico haverá uma pauta artística especialmente elaborada, com apresentação de três músicas com Marcelo Fernandes (Doutor em música e um dos principais nomes do violão contemporâneo, integra o quadro docente da UFMS e atualmente é Pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte) e Ana Lúcia Gaborim (professora de Regência, Canto Coral, Técnica e Expressão Vocal do curso de Licenciatura em Música da UFMS).
Os Palestrantes
Eduardo Mahon é advogado, escritor e pesquisador – membro e ex-presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico de MT, membro correspondente da ASL e doutorando em Estudos Literários. Cristina Campos é escritora, educadora e pesquisadora – titular da Cadeira nº 16 da Academia Mato-Grossense de Letras e professora aposentada do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT), doutora em Pedagogia. Olga Maria Castrillon-Mendes é professora e pesquisadora – Cadeira nº 15 da Academia Mato-Grossense de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres/MT e fundadora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), doutora em Teoria Literária.
AML e ASL
Ao longo da história, alguns intelectuais pertenceram às duas irmanadas Academias (ASL e AML), que inclusive já realizaram duas emblemáticas Sessões Conjuntas em datas recentes: A primeira aconteceu em Cuiabá, na noite de 10/09/2015, em solenidade aberta ao público na tradicional Casa Barão de Melgaço (sede da AML) superlotada, reunindo membros da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL). Além dos desígnios literoculturais e acadêmicos, o evento timbrou tocante dosagem de civismo, num congraçamento de valores dos dois estados – em dispositivos próprios, juntas ao Pavilhão Nacional, as Bandeiras de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ocuparam lugar de honra; e, na pauta do cerimonial, as execuções dos Hinos estaduais emocionaram os presentes.
A segunda Sessão Conjunta ASL/AML, coroando a aproximação e o intercâmbio cultural das duas maiores instituições literárias estaduais – num compromisso recíproco em prol da arte/cultura e literatura – aconteceu em Campo Grande, na data de 02/10/2015, em cerimônia que deu posse à acadêmica sul-mato-grossense Ileides Muller (Cadeira nº 40 da ASL) e também posse ao acadêmico Eduardo Mahon (da AML) como membro correspondente da ASL.
A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras é referência cultural do estado e comemorou recentemente o seu Cinquentenário de fundação, ocasião em que lançou o seu Hino oficial (Luz das Letras). Além de outras pautas literoculturais, a ASL disponibiliza ao público a Roda Acadêmica e o Chá Acadêmico, sempre na última quinta-feira de cada mês. A entidade registra, ao longo da sua existência, a defesa do vernáculo e o cultivo da arte literária, incentivando as vertentes artísticas e derivações da cultura nacional e estadual. Maiores informações no site institucional: www.acletrasms.
A Academia Mato-Grossense de Letras é originária do Centro Mato-Grossense de Letras, que foi fundado em 1921, com sede em Cuiabá, pelos intelectuais D. Francisco de Aquino Corrêa, José Barnabé de Mesquita, Larapine Ferreira Mendes, João Barbosa de Faria, Estevão de Mendonça, Miguel Carmo Mello, Carlos Gomes Borralho, Cesário da Silva Prado, Philogonio de Paula Corrêa, João Cunha, Virgílio Corrêa Filho e Franklin Cassiano. Ressalte-se a atuação deste mesmo grupo na criação do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, em 1919. Referência cultural de MT, a AML comemorou recentemente o seu Centenário.