É difícil falar em noite histórica para um time que é o atual bicampeão da Libertadores e empilha recordes na competição. Mas esta quarta-feira, 10 de agosto de 2022, já é um daqueles dias imediatamente especiais na memória do torcedor do Palmeiras, que jogou junto com o time no Allianz Parque, segurou o grito mesmo quando o Verdão teve dois jogadores a menos e viu o time vencer o Atlético-MG por 6 a 5 nos pênaltis, após empate por 0 a 0 no tempo normal, para avançar às semifinais da competição continental – o jogo de ida tinha terminado em 2 a 2, no Mineirão. Danilo foi expulso aos 29 do primeiro tempo, Gustavo Scarpa aos 36 do segundo, e mesmo assim controlou a pressão do Galo, treinado por Cuca. Nos pênaltis, a cabeça fria dos jogadores e o coração quente da torcida empurraram os seis cobradores que acertaram – Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Piquerez, Rony e Murilo, além de Weverton, que defendeu a cobrança decisiva de Rubens.
Maldição? Que maldição?
O Palmeiras tinha sido derrotado nas últimas cinco decisões por pênaltis que disputou, desde a final do Paulistão de 2020, contra o Corinthians. Depois de decepções consecutivas, porém, o time teve a cabeça fria e não errou uma cobrança sequer das seis que teve. Weverton defendeu a batida de Rubens, Murilo acertou a cobrança decisiva e levou o Verdão a mais uma semifinal, ainda vivo na busca pelo tetracampeonato da América.
O jogo começou equilibrado e com estudos dos dois lados – mesmo com a torcida do Palmeiras empurrando muito seu time rumo ao ataque. Intenso, o time de Abel Ferreira começou, aos poucos, a encontrar espaços – pela esquerda, Dudu levou vantagem sobre Mariano e tentou encontrar Gustavo Scarpa na área, mas Guilherme Arana afastou. O equilíbrio continuou até os 28 minutos, quando Danilo entrou de sola na panturrilha de Zaracho e foi expulso pelo árbitro Wilmar Roldán – após consulta ao VAR, apenas. Com um a menos, o Verdão segurou mais o jogo e se irritou demais por um possível pênalti não marcado em Gustavo Gómez, atingido por Everson após uma bola alçada na área. Abel, sempre agitado, ficou extremamente irritado com o lance. Depois, o Galo teve sua melhor chance em voleio de Hulk, que não pegou em cheio na bola, mas exigiu boa defesa de Weverton.
O Palmeiras baixou suas linhas e foi defensivamente perfeito – ou quase isso. O Atlético ficou com a bola a maior parte do tempo, mas encontrou muitas dificuldades para furar as linhas rivais e até lançar na área. O técnico Cuca lançou Eduardo Sasha e Vargas para aumentar a presença de área, e ainda assim faltou poder de finalização. O Palmeiras investiu apenas em contra-ataques, na velocidade de Dudu, mas pareceu confortável a maior parte do tempo com o empate. Ainda mais aos 36, quando Gustavo Scarpa foi expulso após solada em Allan – outro lance que gerou muitas reclamações da comissão técnica do Palmeiras. O único susto do Galo até o fim foi uma bola na trave de Hulk, após cruzamento que passou por toda a área. Vargas foi expulso pelo Atlético no último lance, e a decisão foi para os pênaltis.
Atuações do Palmeiras
Público e renda
Público: 40.433 pessoas.
Renda: R$ 4.394.735,85.
Próximos jogos
O Palmeiras tem clássico no próximo sábado contra o Corinthians, às 19h (de Brasília), na Neo Química Arena, enquanto o Atlético-MG visita o Coritiba às 11h de domingo, no Couto Pereira. Os dois jogos são válidos pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O Palmeiras tem clássico no próximo sábado contra o Corinthians, às 19h (de Brasília), na Neo Química Arena, enquanto o Atlético-MG visita o Coritiba às 11h de domingo, no Couto Pereira. Os dois jogos são válidos pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.