A SES/MS (Secretaria de Estado de Saúde) lança nesta quarta-feira (15), um novo painel que realiza o monitoramento da Mpox em Mato Grosso do Sul. A nova ferramenta se encontra no Painel Digital Mais e traz todas as informações pertinentes sobre a Mpox no Estado.
Segundo o assessor militar na SES e coordenador da Mpox, coronel Marcello Fraiha, Mato Grosso do Sul ao criar ferramentas digitais como este painel auxilia na transparência e o acesso da população as informações de combate à doença no Estado. “O Estado de Mato Grosso do Sul está à frente e desenvolve ações estratégicas para que sejam eficientes e eficazes para o controle e prevenção da Mpox”.
Para a responsável técnica da Saúde Única da SES, Danila Frias, a população passa a ter um canal acesso com informações atualizadas da doença no Estado.
“O painel apresenta os dados reais da doença com informações diárias. Hoje, nós temos uma característica de queda de Mpox no Estado. Há o registro de queda drástica dos casos positivos e isto é muito importante porque mostra que o Estado está fazendo o seu trabalho, mostra que as ações de prevenção e controle da doença estão sendo realizadas de forma consciente tanto pela população quanto pelas equipes de Vigilância do Estado e dos municípios”.
Danila ainda explica que a entrada de casos suspeitos de notificações da Mpox é comum de acontecer. “Isto demostra que a Vigilância do Estado está totalmente atuante e qualquer caso que possa se tornar um caso confirmado de Mpox, precisa ser notificado. Então, esse painel demostra que a atividade da Vigilância está efetiva em Mato Grosso do Sul”.
Para o coordenador de Tecnologia da Informação da SES, Marcos Espíndola de Freitas, o painel integra a plataforma MAIS da Saúde, já é ‘velho’ conhecido da população, principalmente, durante a Pandemia do Coronavírus, onde os painéis da Plataforma Mais eram bastantes utilizadas e acessadas.
“É mais um produto de informação e transparência sobre a doença, suas notificações, casos prováveis, casos confirmados entre outros dados relacionados à Mpox. A SES-MS torna público mais um painel de indicadores sobre a Mpox. Além dos dados sobre a infecção, ainda é possível consultar quais localidades notificaram os casos, recortes por faixa etária e sexo e a distribuição de casos pelos municípios de MS”, destaca Marcos.
Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox virus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, geralmente autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação do vírus é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. A manifestação cutânea típica é do tipo papulovesicular (manchas vermelhas), precedido ou não de febre de início súbito e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
As erupções podem acometer regiões como face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal. Na pele, podem aparecer manchas vermelhas sobre as quais surgem vesículas (bolhas) com secreção; posteriormente, essas vesículas se rompem, formam uma crosta e evoluem para cura. É importante destacar que a dor nestas lesões pode ser bastante intensa. Quando a crosta desaparece a pessoa deixa de infectar outras pessoas e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados, tais como toalhas e roupas de cama. Também pode ocorrer por meio de gotículas que geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme. Em caso suspeito da doença, realizar o isolamento imediato do indivíduo e coletar amostras clínicas em uma unidade de saúde. O rastreamento e monitoramento dos contatos dos casos suspeitos deverão ser realizados por no mínimo 21 dias.
Rodson Lima, Comunicação SES
Foto: Bruno Rezende