Campo Grande, 13 de outubro de 2024

Entre Messis, Dembelé e Drogba, Série C do Rio vive dos sonhos que não acabam no futebol

Por Caroline Nascimento e Raphael Zarko* — Rio de Janeiro e Xerém, RJ

Trinta anos depois de montar o Palmeiras bicampeão brasileiro, José Carlos Brunoro desce da tribuna no intervalo de partida de Bangu, no estádio de Moça Bonita. Revoltado com a arbitragem, o atual diretor de futebol do Zinza FC não se aguentou e trocou ofensas com o delegado da Ferj no empate contra o Paraty.

Era só mais uma rodada da Série C do Campeonato Carioca, a quinta divisão da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ)Série que tem dois Messis, um Drogba, Dembelé, Huck, Puyol, Kanté e Casemiro, entre outros apelidos de peso na última divisão do futebol estadual.

Quando é notícia, a competição chama atenção pelo São Cristóvão, que deu volta olímpica no estádio Ronaldo Nazário em espécie de primeiro turno. Ou pelas suspeitas de manipulação no futebol, que culminou no afastamento de três clubes nessa segunda pela Ferj. Num fio que ainda vai se desenrolar em tribunais desportivos e investigações policiais iminentes.

A fase inicial tem 121 partidas previstas – termina neste fim de semana, mas 32 ao todo não vão acontecer. Ao menos sete times foram excluídos ou não disputaram jogos agendados – não só pelas suspeitas de manipulação, mas também por não cumprirem requisitos mínimos, como a regularização de 11 atletas profissionais, por não contratar ambulância obrigatória para o jogo de futebol no estádio ou por não quitarem o borderô dos jogos, que geralmente varia de R$ 5 mil a R$ 9 mil por jogoSempre de prejuízo aos clubes, é claro.

Súmula de jogo cancelado na Série C. Relação de jogadores não foi entregue. Brasileirinho terminou afastado pela Ferj — Foto: Reprodução

Súmula de jogo cancelado na Série C. Relação de jogadores não foi entregue. Brasileirinho terminou afastado pela Ferj — Foto: Reprodução

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