Registro está em investigação sobre participação de empresários na discussão de um golpe de Estado, caso Lula vencesse eleições.
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Jair Bolsonaro em imagem do dia 30 de junho de 2023, em Brasília — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Arquivo
A investigação que mirava a suposta pregação de um golpe de Estado por parte de alguns dos empresários mais conhecidos do país acabou esbarrando com um exemplo cristalino da atuação do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro no disparo de desinformação e ataques às instituições.
Mensagem atribuída ao contato “PR Bolsonaro 8”, encontrada no celular de Meyer Nigri, o fundador da Tecnisa, traz não só ataques a integrantes do Supremo, como fake news sobre urnas, pesquisas e, por fim, a ordem: “Repasse ao máximo”, destacada com caixa alta.
No texto, o contato vinculado a Bolsonaro ataca a ação do ministro Luís Roberto Barroso de defender o “processo eleitoral como algo seguro e confiável” e trata a defesa do voto eletrônico como “interferência”.
Após a ordem para disparar a fake news e os ataques a Barroso e outros ministros do STF e do TSE não nominados, Bolsonaro recebe uma resposta de Nigri. “Já repassei para vários grupos!”. Ao se despedir do agora ex-presidente, o empresário envia “abraços de Veneza”.