Pecuarista, advogado e escritor, Abílio Leite de Barros morreu esta manhã, aos 90 anos, em Campo Grande. Ele estava há mais de 1 semana internado no CTI do Proncor, em decorrência de complicações de saúde. Abílio é irmão do poeta Manoel de Barros, morto em 2014.
O velório deve começar às 14h, no Parque das Primaveras e, o sepultamento, esta marcado para às 16h.
Abílio Leite de Barros nasceu no dia 15 de janeiro de 1929, em Corumbá. Atualmente, ocupava o cargo de conselheiro fiscal efetivo do Sindicato Rural de Campo Grande, mas já passou por todos os cargos de direção na instituição. Também foi governador do Rotary Clube do Distrito 4470 (que abrange Mato Grosso do Sul)
“É uma grande perda para Mato Grosso do Sul, ele sempre foi muito atuante na agropecuária do Estado”, lamenta o ex-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia.
Criador do movimento com denúncias sobre matança de jacarés na década de 1980, é reconhecido como personalidade chave na preservação e conhecido como o “Guardião do Pantanal”. Por isso, em abril de 2015, durante abertura da Expogrande, foi homenageado com selo comemorativo dos Correios.
Sobre o irmão, Manoel de Barros, Abílio dizia que só era parecido na timidez. Mas a dedicação à escrita também unia os dois. Ocupava a 32ª cadeira da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, autor de livros como Gente Pantaneira, Uma Vila Centenária, Histórias de Muito Antes, Pantanal – Pioneiros, Crônicas de uma nota só (A Era Lula), Recoluta e “A Crônica dos Quatro”.
“Tive o privilégio de aprender com ele, acompanhar a sua trajetória como escritor, empreendedor, porque foi empresário bem sucedido. Não acho que é uma perda, seria se fosse apagado da história, mas todos em MS vão saber quem é ele. Foi um ganho tê-lo como personagem da história e fico feliz pelo legado e herança que deixou pra gente. A vida dele foi dedicada para o bem, para a artes e cultura, sensível. Isso significa mais alegria do que perda. Hoje é um dia de reconhecimento da figura do doutor Abílio”, avalia a escritora Lenilde Ramos.
Campograndenews/ Silvia Frias