Mesmo com o teste em mãos, porém, não será tarefa fácil filtrar os casos que eventualmente chegarem ao Brasil, sobretudo se não vierem das áreas mais suspeitas da China. Por possuir um conjunto inicial de sintomas genéricos, será difícil eleger quem deve fazer o teste.

— Agora é temporada de influenza no Hemisfério Norte, e a maioria dos casos que chegarão de lá serão influenza — afirmou Júlio Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), em entrevista coletiva.

— A maioria dos exames a serem feitos servirão para descartar infecção por influenza. Só vai ser testado para coronavírus quem se enquadrar na definição da OMS, a gente tem que seguir a orientação internacional — afirma.

Nos aeroportos, segundo Croda, não há, ainda, orientação para triagem de passageiros com medição de temperatura. O grau de alerta, porém, é reavaliado todos os dias e pode mudar.

O Brasil não tem, ainda, nenhum protocolo de teste de drogas experimentais como as que estão sendo avaliadas nos EUA.

— Não existe para o novo coronavírus nenhum tratamento específico antiviral. O que existe é um tratamento de suporte, baseado nos sintomas — disse na quinta-feira João Gabardo, ministro-interino da Saúde.