Campo Grande, 13 de novembro de 2024

Itália isola cidades atingidas pelo coronavírus, e Irã anuncia que teve 12 mortos pela infecção

Uma alta de novos casos de infecção pelo Covid-19, o coronavírus, em países como a Itália, a Coreia do Sul e o Irã nesta segunda-feira (24) aumentou o receio de que haja uma pandemia da doença.

O vírus infectou cerca de 77 mil pessoas e já matou mais de 2.500 na China, onde ele se originou no ano passado.

Na Itália, 7 mortes foram confirmadas, no Irã, 12, e na Coreia do Sul, 7.

A polícia faz pontos de controle em torno de 11 cidades do norte da Itália que estão em quarentena, em uma tentativa de controlar o vírus Covid-19.

Há 43 locais onde há restrições à entrada e saída, e quem infringir a proibição poderá enfrentar penas que chegam a três meses de prisão.

Até o domingo (23), a polícia só vigiava os acessos e informava os motoristas qual era a situação. Mas novos decretos foram impostos, e as entradas e saídas foram proibidas –e devem ficar assim por 14 dias.

Na Itália, 190 infectados

Ao menos 190 pessoas no norte da Itália foram diagnosticadas com o vírus, e sete morreram, incluindo uma mulher de 84 anos que faleceu na madrugada desta segunda (24) em Bergamo.

As autoridades ainda não conseguiram identificar a origem do contágio. Nesta segunda (23), a epidemia já atinge mais de seis regiões.

A Áustria fechou temporariamente o tráfego nas fronteiras com a Itália.

Outros países vizinhos, como Eslovênia e Croácia, que são destinos populares para turistas italianos, convocaram reuniões de emergência. Não há nenhum caso registrado nesses países.

As autoridades da Itália cancelaram jogos de futebol e fecharam escolas. Apresentações teatrais e até mesmo o carnaval de Veneza foram cancelados. Ao mesmo tempo, o governo tenta explicar que a taxa de mortalidade do vírus é relativamente baixa, se comparada com as gripes sazonais.

Ao menos seis das vítimas até agora eram idosos, e pelo menos dois deles já tinham outras doenças sérias.

Virologista em rede nacional

A virologista Ilaria Capua, da Universidade da Flórida, afirmou na TV pública italiana que o alto número de infecções no país se dá porque o governo está ativamente procurando os casos.

Mais de 3.000 pessoas passaram por testes, a maioria delas tiveram contato direto com os infectados.

“Provavelmente quanto mais procuramos, mais encontramos”, disse Capua. A maioria dos casos não deve exibir nem mesmo uma visita de um médico, e os números na Itália são parecidos com os de outros países europeus, ela afirmou.

A Itália, no entanto, isolou quase uma dúzia de cidades no norte do país onde foram identificados mais de cem casos.

Na segunda-feira (24), os policiais que trabalhavam nos pontos de controle usavam máscaras.

O primeiro caso foi identificado em Codogno, perto de Milão. O medo do coronavírus chegou a Milão, o centro financeiro do país.

Alguns dos eventos de moda da cidade também foram cancelados –as marcas Giorgio Armani e Laura Biagiotti fizeram suas apresentações com portas fechadas e transmissão ao vivo.

O vice-ministro de Saúde do país, Pier Paolo Silveri, disse que a Itália faz um apelo à consciência cívica dos cidadãos para observar as medidas de contenção que foram impostas pelas próximas duas semanas no norte do país.

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