O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, falou por telefone nesta segunda-feira com integrantes do governo do Paraguai para se informar sobre a situação de Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Roberto Assis, que estão presos em Assunção desde sexta-feira.
A informação, obtida pelo GloboEsporte.com com o governo do Paraguai, foi confirmada pela assessoria do ministro Moro.
O ex-jogador e Assis estão presos no Paraguai acusados de utilizarem documentos falsos. Eles foram flagrados com passaportes paraguaios adulterados pouco depois de chegarem a Assunção, na semana passada.
Ronaldinho Gaúcho anda algemado para depoimento na Justiça do Paraguai — Foto: REUTERS/Jorge Adorno
Por meio de sua assessoria, Moro confirmou o contato, afirmou que está acompanhando o caso e acrescentou que “o Paraguai é soberano para tomar decisões”. Os governos de Brasil e Paraguai são fortes aliados na região.
Ronaldinho e o irmão estão em uma sala separada, sozinhos, ganharam cobertores e colchões. Eles não se alimentam com a comida servida pela cadeia e se servem com mantimentos levados pela equipe de advogados.
A defesa de Ronaldinho Gaúcho entrou com um recurso na manhã desta segunda-feira e solicitou que o astro e seu irmão, Assis, passem a cumprir prisão domiciliar. A prioridade dos advogados é tirar os dois da penitenciária em que estão, a Agrupación Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, antes de pensar na saída da dupla do Paraguai.
Uma audiência foi marcada a para a manhã desta terça, às 8h, quando serão revistas as medidas contra R10 e Assis. O responsável pela decisão será o juiz Gustavo Amarilla. O jogador e seu irmão, entretanto, não estarão presentes – apenas seus advogados participarão.
Caso a Justiça concorde com a prisão domiciliar, Ronaldinho e Assis seguirão detidos, mas em algum imóvel residencial na capital Assunção. Se este passo der certo, os advogados passarão a tentar o segundo recurso para permitir que os dois retornem ao Brasil.
Por Martín Fernandez — Assunção, Paraguai