Campo Grande, 25 de abril de 2024

Estado de SP bate recorde pelo 2º dia seguido, com 340 mortes em 24h; total de óbitos vai a 9.862

O número de mortes pelo coronavírus no estado de São Paulo bateu recorde pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (10), com 340 mortes registradas em 24h. Com isso, são 9.862 vidas perdidas no estado. Há ainda 156.316 casos confirmados da doençade acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, um acréscimo de 6.178 em relação ao dia anterior.

O recorde de óbitos anterior pertencia a esta terça-feira (9), quando foram registradas 334 mortes. Já o recorde de casos em 24h ocorreu no dia 2 de junho, com 6.999 casos confirmados.

Os números não significam, necessariamente, que as infecções e mortes aconteceram de um dia para o outro, porque o balanço estadual considera a data em que os diagnósticos foram contabilizados no sistema.

A taxa de ocupação das UTIs no estado subiu ligeiramente e foi de 68,6% nesta terça (9) para 69,1% nesta quarta (10). Na Grande São Paulo, o índice foi de 74,1% para 76,6%.

O total de pacientes internados também voltou a subir: são 13.076 internados com sintomas da doença no estado, 4.953 em leitos de UTI e 8.123 em enfermarias. Na terça, eram 12.554 internados, sendo 4.481 em UTI e 8.073 em enfermaria.

Nesta quarta, o número de pacientes recuperados subiu para 29.613. Eram 28.787 na terça-feira.

Cidades do interior retrocederam

Nesta quarta-feira, o governo do estado anunciou que as regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto retrocederam para a fase vermelha da quarentena que vigora no estado. Barretos e Presidente Prudente estavam na fase amarela, que permitia a abertura inclusive de restaurantes e bares, com restrições. Já Ribeirão Preto estava na fase laranja, que libera um número menor de setores.

A Grande São Paulo, a Baixada Santista e a cidade de Registro vão passar da fase vermelha (mais crítica) para a laranja (com menos restrições).

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Novo mapa mostra evolução da situação das regiões no Plano São Paulo em 15 dias. — Foto: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

Novo mapa mostra evolução da situação das regiões no Plano São Paulo em 15 dias. — Foto: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta que a quarentena será prorrogada até o dia 28 de junho devido a propagação do coronavírus.

“O governo de São Paulo decreta nova quarentena de 15 a 28 de junho, será o quinto período de quarentena no estado de São Paulo, esta nova quarentena será denominada quarentena heterogênea, onde será aplicado o Plano São Paulo. Será uma retomada consciente da economia por fases e por regiões conforme prevê o plano São Paulo, com cuidado, com segurança e dentro dos limites determinados pela ciência e pela medicina e dessa orientação nós não nos afastaremos”, disse Doria.

Piora nos critérios

O governo estadual utiliza cinco critérios para relaxar ou endurecer a quarentena em cada região. No estado inteiro, 4 dos 5 tiveram melhoras. Apesar disso, nas regiões que foram submetidas ao endurecimento da quarentena, houve piora significativa nos indicadores. Os critérios são:

  1. Taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19;
  2. Proporção de leitos UTI Covid-19 a cada 100 mil habitantes;
  3. Variação no número de casos confirmados da doença os últimos 7 dias;
  4. Variação no número de novas internações nos últimos 7 dias;
  5. Variação no número de mortes confirmadas nos últimos 7 dias;

Dos cinco critérios, quatro tiveram melhora no estado em relação ao dia 1 de junho: a taxa de ocupação de leitos caiu para 69,1%, de 72,6%; a proporção de leitos de UTI foi de 15,4 para 18,1 a cada 100 mil habitantes; o número de casos caiu 1% e o número de óbitos diminuiu 3% no período. Já as novas internações por Covid-19 cresceram 7% no período.

Indicadores são critérios do Plano SP para mudanças na quarentena no estado de São Paulo — Foto: Reprodução/Governo de São Paulo

Indicadores são critérios do Plano SP para mudanças na quarentena no estado de São Paulo — Foto: Reprodução/Governo de São Paulo

A região de Ribeirão Preto, uma das que deve retroceder na quarentena, teve aumento de 100% no total de óbitos nesta semana em relação à semana anterior.

“A região de Ribeirão Preto teve um crescimento de casos, principalmente no que diz a respeito das internações de casos de Covid confirmado ou suspeitos e também de óbitos. Nesta semana, o crescimento foi de 51% e a variação de óbitos acima da semana anterior foi de 100% na região de Ribeirão Preto”, disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do governo.

“Na região de Presidente Prudente, a variação de internações foi de 60% e a de óbitos foi de 50% a mais com relação a semana anterior. E pra finalizar, a região de Barretos teve um crescimento de internações de 93% acima da semana anterior e de 100% em óbitos”, completou.

O Governador do Estado de São Paulo, João Doria anuncia nesta quarta-feira (10) durante coletiva à imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, continuar com a quarentena que vai de 15 à 28 de junho, e a nova etapa do Plano SP para a retomada econômica, mesmo com número de mortes chegando a quase 10.000 e mais de 150 mil infectados. 10/06/2020 - Foto:  — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O Governador do Estado de São Paulo, João Doria anuncia nesta quarta-feira (10) durante coletiva à imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, continuar com a quarentena que vai de 15 à 28 de junho, e a nova etapa do Plano SP para a retomada econômica, mesmo com número de mortes chegando a quase 10.000 e mais de 150 mil infectados. 10/06/2020 – Foto: — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

“A avaliação do governo é que não houve erro algum. A avaliação do governo é de que nós seguimos os índices e orientação da ciência. Se fosse orientação política, sim, talvez tivéssemos agido como você mencionou, mas aqui não há política, não há pressão política, não há pressão econômica, há determinação da saúde, são os índices que compõe as nossas decisões”, disse Doria.

O governador falou ainda que as cidades que merecerem avançar e liberar mais setores devem ser contempladas.

“Cidades que merecerem, pelos índices, avançarem para uma faixa de maior liberação, avançarão, as cidades que deverão manter por conta de seus índices a sua posição, manterão, e as que tiverem que regredir, regredirão. Essa é nossa posição, clara e objetivamente”, completou.

Por G1 SP — São Paulo

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