A repressão da polícia a protestos contra o golpe militar em Mianmar deixou dois mortos neste domingo (28), em Yangon, a maior cidade do país, e em Dawei, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters.
Uma das vítimas é um homem que foi levado ao hospital depois de ter sido baleado no peito, de acordo com um médico que não quis se identificar. Em Yangon, a polícia teria atirado contra os manifestantes após não conseguir dispersar as multidões com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
A segunda morte teria ocorrido em Dawei, cidade mais ao sul de Mianmar. O político Kyaw Min Htike disse à Reuters que policiais abriram fogo contra as pessoas, matando uma pessoa e deixando diversos feridos. A imprensa local em Dawei fala em três mortes.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/i/f/f8GxxFT3GdMBsQVsEBwg/2021-02-28t070735z-969950638-rc2i1m9p5msf-rtrmadp-3-myanmar-politics.jpg)
Manifestante ferido é carregado em Dawei, em Mianmar, neste domingo (28) — Foto: Dawei Watch/via REUTERS
Protestos vêm se espalhando por Mianmar desde que os militares tomaram o poder e prenderam a cúpula do governo, incluindo a maior liderança política do país, Aung San Suu Kyi.
Os atos são – em sua maioria – pacíficos, com os manifestantes carregando cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil. Nos últimos dias, no entanto, houve uma escalada na repressão para tentar contê-los.
O governo proibiu concentrações, mobilizou veículos blindados, e efetuou prisões noturnas contra opositores. No sábado (27), a emissora estatal MRTV informou que 470 pessoas foram presas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/L/A/TDWeBETZGBhdC4ZQs0yQ/2021-02-28t093845z-2025985229-rc2l1m9l61vy-rtrmadp-3-myanmar-politics.jpg)
Manifestantes usando máscaras com o rosto de Aung San Suu Kyi protestam na cidade de Yangon, em Mianmar, neste domingo (28) — Foto: Stringer/Reuters
Reuters