Tão quão importante é entender os vieses que contemplam a fisiopatologia de base, é de igual relevância saber os achados mais prováveis da deglutição de qualquer população, aqui me refiro a Doença de Alzheimer (DA).
Quanto maior a gravidade da DA, mais atrasada será a resposta faríngea e mais prolongada será a fase preparatória oral.
Além disso, a dificuldade no planejamento e no reconhecimento do alimento acaba comprometendo muito a eficiência da via oral.
A terapia voltada a esta população deve ser prioritariamente comportamental como, ajuste de consistência, manobras de limpeza e postura, alívio de sintomas, tudo isso contornando com a terapia da reminiscência, tentando simplificar o máximo possível para que a atenção seja recrutada e o nosso manejo, como toques e som suave da voz, seja passível de auxiliar nas respostas esperadas paciente.
Isso tudo porque sabemos que esta população não tem problema nas áreas primárias sensoriais e motora, e sabendo disso temos que caprichar em acentuar e aprimorar com o máximo de informação possível para que a discriminação e para que o planejamento ocorra e a resposta da deglutição aconteça.
Sempre digo, o processo terapêutico com esta população tem que ter perfil para tal, porque muito além de conhecimento especializado, envolve amor e paciência.