Campo Grande, 9 de dezembro de 2024

IPCA: inflação oficial fica em 1,16% em setembro e atinge 10,25% em 12 meses

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a maior taxa para meses de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando o índice foi de 1,53%.

Com o resultado, a inflação no acumulado em 12 meses chegou a 10,25%, o que não ocorria há mais de 5 anos. Trata-se também da maior taxa anual desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%.

 

Nessa comparação, a gasolina foi o item individual com o maior impacto. Segundo o IBGE, ela representou 1,93 ponto percentual (p.p.) sobre o indicador geral. Ou seja, da taxa de 10,25%, quase 2% são do combustível. Os maiores impactos depois dela vieram da energia elétrica (1,25 p.p.), das carnes (0,67 p.p.) e do gás de cozinha(0,38 p.p.).

No ano, o IPCA acumula alta de 6,90%.

Pelo segundo mês seguido país registra taxa de inflação mais alta desde o começo do plano real, em 1994 — Foto: Economia/g1

Pelo segundo mês seguido país registra taxa de inflação mais alta desde o começo do plano real, em 1994 — Foto: Economia/g1

Apesar da escalada da inflação, o resultado ficou um pouco abaixo do esperado. A mediana das projeções de 38 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, apontava avanço de 1,25%. O percentual ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de 1,13% a 1,42%.

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Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados:

 

  • Alimentação e bebidas: 1,02%
  • Habitação: 2,56%
  • Artigos de residência: 0,90%
  • Vestuário: 0,31%
  • Transportes: 1,82%
  • Despesas pessoais: 0,56%
  • Educação: -0,01%
  • Comunicação: 0,07%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,39%

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas três registraram aceleração da taxa na passagem de agosto para setembro. A mais expressiva foi o do grupo de habitação, que passou de 0,68% em agosto para 2,56% em setembro.

Já a taxa do grupo de saúde e cuidados pessoais passou de -0,04% para 0,39% no período, enquanto o dos transportes acelerou de 1,46% para 1,82%.

Indicador acumulado em 12 meses fica acima de dois dígitos  — Foto: Economia/g1

Indicador acumulado em 12 meses fica acima de dois dígitos — Foto: Economia/g1

O que mais pesou

 

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em setembro, com destaque para o grupo habitação, que passou de 0,68% em agosto para 2,56% em setembro. A inflação desse grupo foi puxada pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica. Em setembro, entrou em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

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