A 100 dias do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, que será realizado em Pequim, autoridades chinesas anunciaram nesta terça-feira (26) o confinamento de quatro milhões de habitantes na cidade Lanzhou, no noroeste da China, para conter um novo foco de Covid-19.
Mesmo com a surgimento da variante delta, que é mais contagiosa, e com o avanço da vacinação, o governo chinês tem mantido a estratégia de impor lockdowns rigorosos em cidades que registram poucos casos do novo coronavírus para interromper a transmissão do vírus.
Autoridades chineses dizem ter registrado apenas 289 novos casos nos últimos sete dias no país inteiro, uma média de 41 casos por dia.
País mais populoso do mundo, com 1,44 bilhão de habitantes, a China diz ter aplicado 2,25 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 e 72% da população totalmente imunizada, além de ter registrado apenas 96.937 casos e 4.636 mortes desde o início da pandemia.
Nos últimos dias, autoridades também adotaram um lockdown no norte do país e cancelaram a maratona de Wuhan, cidade que registrou os primeiros casos da doença no fim de 2019, e depois a da capital Pequim, que vai sediar os Jogos de Inverno em fevereiro (veja no vídeo abaixo).
Por causa de surto de variante delta, governo da China adia maratonas de Wuhan e Pequim
Lockdown em Lanzhou
Após serem registrados 29 casos locais de Covid-19 em Lanzhou nesta terça-feira (26), autoridades locais afirmaram que a “entrada e saída de residentes” será rigidamente controlada, limitada a compras essenciais ou atendimento médico.
“Todos os bairros residenciais devem permanecer fechados e os deslocamentos estritamente, controlados”, anunciou o município.
Autoridades de saúde advertiram que novos focos podem surgir nos próximos dias, com a ampliação da testagem, e dizem que o novo surto está relacionado a um grupo de turistas locais.
Profissional de saúde com traje de proteção coleta amostra de uma moradora de Lanzhou para um teste de Covid-19 no distrito de Chengguan, na província de Gansu, em 20 de outubro de 2021 na China — Foto: cnsphoto via Reuters
Hong Kong
A cidade de Hong Kong também anunciou que, para se alinhar à China, vai endurecer ainda mais as restrições para entrada em seu território — que já estão entre as mais severas do mundo.
O centro financeiro internacional já impõe quarentena obrigatória em hotéis de 14 a 21 dias para a maioria dos viajantes.
A cidade abre raras exceções, para diplomatas e grandes empresários (que são autorizados a fazer o isolamento em casa) e para alguns moradores que viajam à China continental.
Mas a chefe do governo local, Carrie Lam, afirmou nesta terça que “em breve” a maioria das exceções à quarentena “serão canceladas”.
Por g1