A disputa de Novak Djokovic para evitar a deportação da Austrália e conseguir disputar o Australian Open segue em aberto. Após vencer a primeira disputa no tribunal e ser liberado da detenção, o sérvio aguarda o ministro das relações exteriores do país da Oceania decidir que vai mandá-lo de volta ou não para seu país natal.
Novak Djokovic treina na Austrália após ser liberado de detenção — Foto: Kelly Defina/Getty Images
Enquanto Djoko aproveita a liberação da detenção para voltar aos treinos, muitas questões seguem obscuras em relação aos argumentos usados pelo número 1 do mundo para conseguir a exceção e entrar na Austrália sem tomar a vacina contra Covid. Ex-número um, Andy Murray destacou que o colega tem muito a explicar ainda.
– É positivo que ele não esteja mais detido. Ele venceu na corte, então é uma coisa positiva para ele. Eu acredito que ele ainda precisa esclarecer algumas coisas sobre isolamento e coisas do tipo, mas tenho certeza que ouviremos dele nos próximos dias – afirmou Murray.
Djokovic alega que testou positivo para Covid-19 no último dia 16 de dezembro e por isso poderia receber a exceção da vacina para entrar na Austrália. Porém o tenista participou de um evento no dia 17 em que apareceu sem máscara recebendo uma homenagem.
Entre os outros participantes do Grand Slam, Marton Fucsovics foi o primeiro a se pronunciar publicamente contra a presença de Djokovic no torneio, apesar de destacar que o sérvio é um dos melhores da história do esporte.
– Não podemos esquecer o que está acontecendo no mundo agora. A saúde das pessoas é prioridade. Há regras definidas meses atrás estabelecendo que todo mundo deveria se vacinar, e Djokovic não o fez. Desse ponto de vista, não acho que ele deveria ter o direito de estar aqui – destacou Fucsovics.
Além disso, o governo australiano investiga se Novak Djokovic mentiu no formulário que preencheu para aplicação do visto. Nele, o sérvio afirmou não ter viajado para nenhum outro país 14 dias antes de embarcar da Espanha para a Austrália, no dia 4 de janeiro.
Porém, nas redes sociais o tenista tem fotos que indicam a presença dele em Belgrado ao lado do jogador de handebol Petar Djordjic no dia de Natal. Se for deportado, Djokovic fica proibido de voltar ao país por três anos.