Depois de ser deportado de Melbourne e ter ficado fora do Australian Open no início desta semana, Novak Djokovic voltou à Sérvia, mas passou pouco tempo em seu país. O número 1 do tênis viajou na última quinta-feira para Montenegro e nesta sexta-feira visitou o mosteiro ortodoxo Ostrog, em Dabojevici. O tenista tirou fotos com fãs e conversou com líderes religiosos. Foi a primeira aparição pública do tenista desde a disputa judicial na Austrália.
Djokovic busca de paz espiritual segundo seu técnico, Marian Vajda. Depois de uma semana em silêncio, o treinador eslovaco se pronunciou pela primeira vez sobre a deportação do pupilo e mostrou preocupação com a saúde mental do tenista.
– Não me comuniquei com ele desde que chegou a Belgrado. É claro que isso o deixou mentalmente abalado, vai machucá-lo por muito tempo e será difícil tirar da cabeça. Não consigo imaginar como ele lidou com isso, deve ter sido um sofrimento enorme. Ele suportou humildemente todas as medidas, mas o que fizeram com ele deve marcá-lo. Foi um processo político – disse Vajda, ao “Sport Klub”.
O número 1 do mundo tentou driblar a obrigatoriedade da vacina contra o coronavírus e disputar o Australian Open com uma autorização de exceção médica. Alegou que teve em dezembro. Passou dias retido pelas autoridades australianas de imigração e chegou a ter o visto liberado, mas a Justiça do país novamente cancelou o visto e deportou Djokovic na última segunda-feira.
– Foi uma decisão insalubre e injusta, baseada na suposição de que Djokovic poderia fazer ou influenciar algo que ainda não havia acontecido – disse Vajda, referindo-se ao argumento dos australianos de que a presença do tenista no país poderia inflamar protestos antivacinação e provocar aglomerações.
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Novak Djokovic visita mosteiro ortodoxo em Montenegro — Foto: Reprodução/Twitter
Segundo o jornal britânico “The Sun”, Djokovic planeja processar o governo australiano em busca de uma indenização que chegaria a U$ 4,4 milhões (quase R$ 24 milhões).
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Novak Djokovic visita mosteiro ortodoxo em Montenegro — Foto: Reprodução/Twitter
