Campo Grande, 16 de abril de 2024

SEMINÁRIO DISCUTE OS DESAFIOS NA PREVENÇÃO E IMPACTOS DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Os desafios na prevenção e impactos das doenças e agravos não transmissíveis estão sendo debatidos durante o 1º Seminário Municipal de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que acontece até sexta-feira, 08 de abril, em Campo Grande. O encontro teve início ontem (06) e conta com participação de profissionais de saúde da rede pública e privada, além de renomados especialistas em uma extensa programação.

A abertura do seminário trouxe um panorama mundial e nacional das doenças e agravos não transmissíveis  e os impactos em relação a pandemia. Em Campo Grande, as DCNTs representam 38% de um total de 8.772 óbitos registrados no ano de 2021. Ou seja, 3.346 pessoas morreram por alguma doença crônica não transmissível no ano passado.

Para a superintendente da Rede de Assistência em Saúde, Ana Paula Nogueira, o seminário representa um marco na retomada das atividades pós-pandemia.

“Sabemos o quanto as doenças e agravos não transmissíveis foram impactados durante a pandemia e trazer essa discussão é fundamental para que a gente possa fazer avaliação do cenário epidemilógicos e intensificar nossas atividades de promoção e prevenção”, comenta.

A obesidade infantil e os desafios para a saúde e sociedade foram discutidos durante palestra do médico especialista em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia, Sandro Trindade Benites.

Outros assuntos como o impacto da alimentação nas doenças crônicas não transmissíveis e a prevenção também foram debatidos através da apresentação da nutricionista Marielly Wagner e do doutor em biologia molecular, Fabrício Colacino.

Dant

As doenças e agravos não transmissíveis são responsáveis por mais da metade do total de mortes no Brasil. Em 2019, 54,7% dos óbitos registrados no Brasil foram causados por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e 11,5% por agravos.

As DCNT, principalmente as doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes e doenças respiratórias crônicas, são causadas por vários fatores ligados às condições de vida dos sujeitos. Estes são determinados pelo acesso a: bens e serviços públicos, garantia de direitos, informação, emprego e renda e possibilidades de fazer escolhas favoráveis à saúde.

Os principais fatores de risco comportamentais para o adoecimento por DCNT são: tabagismo, consumo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física.

Estes podem ser modificados pela mudança de comportamento e por ações governamentais que regulamentem e reduzam, por exemplo, a comercialização,o consumo e a exposição de produtos danosos à saúde.

Os agravos não transmissíveis (violências e acidentes) também fazem parte do cenário de morbimortalidade da população. Mortes por violências estão fortemente relacionadas às desigualdades sociais, que podem ser determinadas pelo gênero, pela raça/cor da pele, pela classe social e pelo nível de escolaridade.

Mulheres e homens negros e pardos são vítimas mais frequentes de mortes por causas violentas do que os brancos. Entre homens jovens, ocorrem três vezes mais mortes violentas de negros em relação aos brancos. As violências são a segunda causa de morte no Brasil e chegam a ocupar o primeiro lugar em alguns estados.

Programação
Transmissão ao vivo pelo site: 
https://labinovaapsfiocruz.com.br/portal/ao-vivo/

07 de abril

13h30 – Doenças cardiovasculares: Principal causa de mortalidade no Brasil.
Jean Karlo Ovando Fraiha
Médico Especialista em Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina.14h15 – O Papel da Atividade Física na Prevenção e Controle das DCNT.
Joel Saraiva Ferreira
Profissional de Educação Física Doutor em Saúde e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste pela UFMS14h50 – Saúde Mental em tempos de pandemia e seu reflexo nas DCNT.
Ana Clara França B. da Silva
Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Comportamento Alimentar15h20 Intervalo15h35 – Diabetes: Educar Para Prevenir e Controlar.
Ana Carolina W. Xavier
Médica Endocrinologista Mestre pela UNIFESP e Docente da FAMED/UFMS.16h30 Encerramento

8 de abril

Serviço de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT).
Geize de Souza
Enfermeira Doutoranda em Epidemiologia e Equidade em Saúde Pública pela FIOCRUZ/RJ.

13h50 – Vigilância e Prevenção das Violências e Acidentes no Município de Campo Grande.
Sueli Nogueira
Psicopedagoga Especialista em Vigilância em Saúde pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.

14h40 – Agravos de Saúde Relacionados ao uso de Álcool e Tabaco.
Ester Gomes Viana
Enfermeira do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas.

15h15 Intervalo

15h30 – Obesidade: Uma Pandemia Silenciosa.
Marcela Grisoste
Profissional de Educação
Física Doutoranda em Ciências do Desporto pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. (Portugal)

16h30 Encerramento

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