O Brasil deve ter o menor crescimento econômico entre os países da América Latina e Caribe em 2022, segundo a Comissão Econômica das Nações Unidas para a região, a Cepal.
Além disso, o crescimento da região como um todo deve desacelerar neste ano. Está previsto um aumento da atividade econômica na América Latina e Caribe em 2022, de 2,1% do PIB, contra um crescimento de 6,2% registrado no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira.
A Secretária Executiva da Cepal, Alicia Bárcena, citou como motivos para o crescimento menor da região, entre outros, a manutenção da pandemia e as altas taxas de desemprego, além do menor crescimento do mercado mundial e das economias da China e dos Estados Unidos, que são os maiores parceiros comerciais dos países latino-americanos e caribenhos.
O Brasil aparece em último lugar do ranking dos 33 países da região, devendo crescer apenas 0,5% do PIB neste ano, contra um crescimento de 4,7% no ano passado. Os países que mais devem crescer em 2022 são Guiana, Paraguai e Colômbia na América do Sul, além de Panamá e Honduras na América Central.
A CEPAL informou ainda que a região ainda não recuperou cerca de 30% dos empregos perdidos na pandemia, com uma situação pior entre as mulheres trabalhadoras.
Sobre a inflação, a Comissão estima que os preços devem seguir em alta em 2022, puxados principalmente pelos alimentos e pela energia. Em 2021, a inflação ficou em 7% na região, com exceção da Argentina, Venezuela, Haiti e Suriname, que tiveram níveis bem mais altos.
Em relação à vacinação, a Cepal destacou a desigualdade no acesso aos imunizantes. Ao todo, a região já vacinou 60% da população com duas doses ou dose única. Porém, enquanto Chile e Cuba já imunizaram mais de 85% dos habitantes, Haiti tem apenas 0,6% da população vacinada, seguido pela Jamaica com apenas 19% dos habitantes totalmente imunizados. O Brasil aparece em sétimo colocado com 67% da população vacinada.
Data Unificada: quarta-feira, 12 Janeiro, 2022 – 20:06