Campo Grande, 20 de abril de 2024

Amarildo Cruz defende luta contra o racismo em Mato Grosso do Sul

Com a retomada dos trabalhos parlamentares, o deputado Amarildo Cruz (PT) sobe pela primeira vez no ano na tribuna e aborda a luta contra o racismo como permanente bandeira de seu mandato.

“O racismo talvez seja a maior chaga do ser humano. Tratar o outro diferente por se sentir superior, pela cor da pele. Está arraigado em um país que escravizou por mais de 300 anos e nos deixou uma herança terrível, que muitas vezes as pessoas não identificam essa herança, porque ao mesmo tempo que tem a cultura da discriminação, tem a cultura de passar a mão na cabeça do discriminado e dizer que foi uma brincadeira, que não foi uma agressão. E quem faz isso são os racistas, maioria de pele branca, que não sofrem na pele e não sabem  o q é ser discriminado”, argumentou.

Para tanto, o deputado reforçou a importância da aprovação do novo projeto de lei que apresentou essa semana, que prevê vedar a nomeação de pessoas condenadas pelo crime de racismo em cargos públicos – saiba mais aqui. Amarildo Cruz ainda relembrou do impacto da Lei Estadual 3.594/2008, de sua autoria, que instituiu, como medida de promoção da igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, o programa de cotas reservando 20% aos negros e 3% aos índios, das vagas oferecidas em todos os concursos, para provimento de cargos e de empregos públicos nos quadros de carreira do Estado.

“Em 2008, Mato Grosso do Sul tinha menos de 3% no servido público. Hoje tem mais de 12%, essa lei foi importante para que pudesse oportunizar aos negros, que são 52% do contingente da população do país, ocupar os espaços públicos. O tempo mostrou que estávamos certos, pois a medida fez mudanças substanciais. Para tanto, peço aos membros da CCJR [Comissão de Constituição, Justiça e Redação], que avaliem o novo projeto, que veda a possibilidade de termos racistas em espaços públicos”, ressaltou.

O parlamentar ainda apresentou matérias da imprensa que exemplificam o racismo, com pessoas mortas pela polícia, que teriam sido confundidas com pessoas suspeitas, blogs com conteúdos racistas. “Lutar contra o racismo não é do negro, banco e/ou inídio. Mas da pessoa de bem. O que marca a evolução do ser humano é a diversidade. O problema é a falta de respeito com a diversidade, por mentes intolerantes. Dentro do facismo está o racismo e nós vamos combater”, finalizou o deputado.

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