Suíço mata a fome com o sanduíche de mortadela do Mercado Municipal de São Paulo, faz visita à África e curte os pets dos filhos: a classe em quadra dá lugar a muitos sorrisos e história fora dela
Por Redação do ge — Rio de Janeiro
Ao pisar em qualquer quadra durante o período de 1998 a 2021, Roger Federer desfilou talento, elegância e classe. Colecionou 103 títulos, sendo 20 de Grand Slam, inspirou gerações de tenistas e fãs. Fora – especialmente no último ano, depois de jogar Wimbledon 2021 e ser eliminado nas quartas de final pelo polonês Hubert Hurkacz, em sua última partida oficial – o suíço revelou, em suas redes sociais, bastidores do novo cotidiano, com visitas a Lewis Hamilton e à seleção suíça de futebol, além de viagem ao Malawi para projetos educacionais. Um Federer livre, leve e solto.
Amizade com Nadal
Federer e Nadal se enfrentaram 40 vezes no circuito, com 24 vitórias do espanhol e 16 do suíço. Federer tem vantagem no retrospecto na grama (3 a 1) e em piso duro (11 a 9). No saibro, domínio de Nadal, ele liderou por 14 a 2. Os dois disputaram 24 finais, sendo nove de Grand Slam. Em decisões de Majors, Nadal liderou por 6 a 3. O espanhol derrotou Federer nas finais de Roland Garros (2006, 2007, 2008, 2011), Wimbledon (2008) e Australian Open (2009). O suíço saiu vencedor diante de Nadal nas finais de Wimbledon (2006, 2007) e Australian Open (2017).
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Federer e Nadal se divertem sob os olhares Björn Borg — Foto: Julian Finney/Getty Images for Laver Cup
Mais que jogos, ficou a amizade entre eles. Comprovada neste vídeo divertido de bastidores da divulgação de um jogo de exibição entre eles na Suíça. Em 2min20s, eles não seguram o riso. Diante da pergunta de Federer ao espanhol sobre que presente ele lhe daria de Natal, ao se olhar, já gargalharam. Os dois sempre se apoiaram durante a carreira – a rivalidade não interrompeu a amizade.
Sanduíche de mortadela em São Paulo
Em dezembro de 2012, Federer veio ao Brasil para disputar um torneio de exibição, em São Paulo, ao lado de nomes como Serena Williams, Maria Sharapova, Caroline Wozniacki e Tommy Haas. Na estada na capital paulista, passeou pelo mercado municipal, em que devorou um sanduíche de mortadela e bolinhos de bacalhau. Ainda provou pitaia e, quando soube das propriedades afrodisíacas da fruta, brincou:
– É bom para fazer bebê?
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Federer em visita ao mercado de São Paulo, em 2012 — Foto: Gustavo Tilio
Ainda no Brasil, Federer, em entrevista exclusiva do ge, ele revelou um conselho que recebeu: “É legal ser importante, mas é mais importante ser legal”. O suíço também disse que gostaria de entrevistar três nomes: Muhammad Ali, Nelson Mandela e Michael Jordan. “Como conseguiu? Como se tornou a pessoa que você é?”, perguntaria.
Gastronomia
Na disputa do Australian Open 2019, o então tenista aproveitou para participar de um festival de frutos do mar na cidade australiana de Cervantes.
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Roger Federer durante viagem para Austrália, em 2019 — Foto: Paul Kane/Getty Images
Visita a Hamilton no GP da Espanha
Em maio deste ano, quase um ano sem jogar, Federer acompanhou o GP da Espanha de Fórmula 1 e publicou foto do lado do heptacampeão Lewis Hamilton e de George Russel.
Homenagem em Wimbledon
No último torneio oficial que disputou, em 2021, o suíço foi um dos homenageados na edição deste ano, pelos 100 anos de Wimbledon. Com oito taças de simples, Federer é o maior campeão na grama inglesa.
Paixão pelo futebol
Antes de se profissionalizar no tênis, Federer dividia a raquete com o futebol. Torcedor do Basel, time de sua cidade, a Basileia, o ex-tenista visitou, recentemente, a seleção suíça. A equipe europeia é a segunda adversária do Brasil na Copa do Catar, dia 28 de novembro, às 13h (de Brasília).
Tênis ou tênis de mesa?
Afastado do tênis, Federer se aventurou em “treino” com amigos no tênis de mesa. Na postagem, incluiu uma música do Terno, “Bielzinho”. O Terno é um banda paulistana de rock que começou com covers dos Mutantes e dos Beatles.
Educação no Malawi
Em projeto de sua fundação, Federer visitou o Malawi neste ano. Posou com crianças num brinquedo.
– Maravilhoso ver que estamos tendo um impacto com a fundação – escreveu ele. – Estou muito feliz por ter vindo ao Malawi.
A Fundação Federer desenvolve projetos de educação no país desde 2015. Investiu US$ 13,5 milhões na época para construir 81 escolas e educar 150 mil crianças.
Vida de turista
Sem jogar desde junho do ano passado, Federer aproveitou para conhecer – mais – as belezas da Suíça.
– Me sentindo turista no meu próprio país.
Tempo, agora, não será um problema.
Enfim, pets
Federer já tinha declarado, numa entrevista, ao jornal “Tribune de Genève” que os filhos costumavam pedir um pet. Mas Federer dizia que “não era sedentário o suficiente para ter animais de estimação. “Um dia, quando estivermos mais tempo em casa, podemos pensar em ter animais”, disse ele, na ocasião. O cenário mudou. Há pouco tempo, e sem jogar desde o ano passado, ele, enfim, deu o presente aos filhos, Charlene, Myla, Lenny e Leo.