Atacante é envolvido em investigação da promotoria de Turim sobre irregularidades na contabilidade do clube. Juve é acusada de falsificar dados dos três últimos anos financeiros
Por Redação do ge — Turim, Itália
O Ministério Público de Turim encontrou documentos assinados por Cristiano Ronaldo e por dirigentes da Juventus nos quais o clube italiano prometia o pagamento de quase 20 milhões de euros (R$ 105,2 milhões hoje), apesar de anunciar cortes de salários durante a pandemia de Covid-19. As informações vieram à tona nesta quarta-feira.
A investigação das autoridades italianas sobre irregularidades na contabilidade da Juventus começou em novembro do ano passado.
Procuradores de Turim analisaram os três últimos balanços financeiros do clube e encontraram indícios de crime por “falsas comunicações de empresas cotadas e emissão de faturas de operações inexistentes”.
Daí a irregularidade no documento secreto entre Cristiano Ronaldo e a Juve, assinado num momento em que o clube apresentava para a liga italiana contratos com redução de salários.
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Cristiano Ronaldo deixou a Juventus em agosto do ano passado — Foto: Getty Images
A diretoria teria falsificado dados de contabilidade, e os jogadores não teriam renunciado a quatro meses de pagamentos durante a pandemia.
Outro problema relatado na denúncia da investigação Prisma é o pagamento de indenizações a agentes de futebol por operações (transferências de jogadores) que não aconteceram.
Entre os dirigentes já indiciados estão o presidente do clube, Andrea Agnelli, o vice-presidente Pavel Nedved (ex-jogador), o antigo diretor esportivo Fabio Paratici, e mais 12 pessoas. A pessoa jurídica da Juventus também foi alvo de ação da promotoria.
De acordo com a imprensa italiana, Cristiano Ronaldo foi questionado sobre o assunto pelos procuradores de Turim, mas o atacante, hoje no Manchester United, só vai responder se for convocado pela Justiça.