Elenco do Barça faz fila para apanhar suas medalhas em uma mesa ao lado do campo; atacante da seleção brilha com duas assistências
Por Redação do ge — Mérida, Espanha
Com grande atuação da atacante brasileira Geyse, autora dos passes para dois gols de Aitana Bonmatí, o Barcelona derrotou a Real Sociedad por 3 a 0 neste domingo, em Mérida, e conquistou a Supercopa da Espanha. A nigeriana Asisat Oshoala fechou o placar.
No primeiro gol, aos 12 minutos, Geyse recebeu na entrada da área, deu um lençol na marcadora, e cruzou para Aitana chutar no canto esquerdo.
Logo no primeiro minuto do segundo tempo, outra combinação certeira Geyse-Aitana. Dessa vez a brasileira deu uma caneta na adversária, pela esquerda, e tocou para a meio-campista chutar da entrada da área: 2 a 0. Nos acréscimos, Lucy Bronze cruzou da direita, e Oshoala fechou o placar de cabeça.
Após a conquista do título, no Estádio Romano, em Mérida, chamou a atenção a ausência de algum dirigente ou outra autoridade para distribuir as medalhas de campeãs. As próprias jogadoras do Barça, em fila, se dirigiram a uma mesa ao lado do campo para buscar o prêmio.
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Jogadoras do Barcelona buscam suas medalhas de campeãs da Supercopa da Espanha — Foto: Reprodução de Twitter/Barcafemenifoto
O troféu foi entregue à capitã Marta Torrejón na tribuna, onde se encontrava, entre outros dirigentes, o presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales. Depois, já no gramado, Marta Torrejón voltou a erguer a taça, dessa vez junto das colegas de equipe.
Jornalistas e veículos especializados em futebol feminino na Espanha destacaram a simplicidade da cerimônia de premiação, alguns comparando com a Supercopa masculina, também vencida pelo Barcelona este mês, na Arábia Saudita, que tem um acordo com a Federação Espanhola para realizar a competição.
“Por que ninguém entregou as medalhas às jogadoras”, questionou no Twitter o perfil Mente Futebolera. O perfil Varsky Sports também destacou a ausência de dirigentes para entregar a premiação. “Em uma mesinha?”, reclamou, também nas redes sociais, o Once Diário, do México.
A jornalista Laia Coll destacou a diferença entre as duas competições organizadas pela Federação Espanhola.
Após as críticas, a Federação Espanhola emitiu uma nota oficial sobre a premiação da Supercopa Feminina, limitando-se a explicar a razão da cerimônia ter sido realizada no campo, mas sem explicar o motivo das jogadoras buscarem as medalhas por conta própria.
“De acordo com os protocolos de premiação da Real Federação Espanhola de Futebol, e tendo em conta tanto o elevado número de representação institucional como as infraestruturas para acesso ao palco desde o gramado, o departamento de Protocolo decidiu ativar a cerimônia de entrega no palco, da mesma maneira que se leva a cabo na Copa do Rei: entrega da taça à capitã do time campeão e entrega de medalhas ao time vencedor no gramado ou vestiário. Se trata da mesma cerimônia de premiação que se levou a cabo na última edição da Supercopa Feminina, em 2022”, diz o comunicado.