Campo Grande, 12 de janeiro de 2025

PC e PF mira golpistas que manipulavam Gênesis Investimentos e que causaram prejuízo de milhões em MS

Com presença de pessoas influentes em MS, sendo administrado por ex-políticos (vereadores, deputados), delegado, agentes de segurança e até empresários. Em MS pode ter o mesmo destino da operação realizada no RS.

A organização é a mesma, sempre conduzida por grupos, treinados para convencerem e manipularem as pessoas, com o único intuito, induzir o investimento na plataforma, que no caso, sempre foi passado, algo muito sólido e seguro, mesmo com operação de riscos, essa plataforma era citada como segura e somente o próprio dono da conta tinha condição de aplicar, depositar e sacar, sendo assim, sem efetuar a aplicação, seu dinheiro estava seguro.

A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (12/7), a Operação Trapaça no Rio Grande do Sul, em São Paulo e em Santa Catarina contra grupo criminoso que lesou cerca de 4 mil pessoas com um sistema de falso investimento. O prejuízo estimado causado às vítimas é de R$ 20 milhões. A ação envolveu, ao todo, 150 policiais civis. Até 8h desta quarta-feira, oito pessoas haviam sido presas.

As vítimas foram atraídas a integrarem grupos virtuais de supostos investimentos financeiros muito lucrativos, geridos a partir de uma plataforma digital de investimentos on-line, denominada Genesis.vet (Genesis Finance Limited), nome “copiado” em parte de uma empresa do ramo financeiro denominada Gênesis Investimentos, que não tem relação nenhuma com a investigação.

O golpe começava a partir do momento em que a vítima era convidada a fazer o upload do aplicativo Genesis.vet para o seu smartphone, cadastrando em seguida os seus dados pessoais, anexando diversos documentos pessoais. Na sequência, a pessoa recebia um link para aderir a grupos de WhatsApp, onde recebia orientações de como investir. Os golpistas mesclavam o uso de aplicativos legítimos com o uso de aplicativos falsos.

O golpe era consumado quando as vítimas usavam códigos PIX e boletos acreditando se tratar de investimentos, quando, na verdade, estavam transferindo os valores diretamente para as contas dos criminosos ou das empresas por eles criadas. Há indicativos de que grande parte do dinheiro era depositado em contas localizadas no exterior.

Golpistas se passavam por corretores e usavam linguajar técnico

Apesar de não terem nenhuma formação na área financeira, os golpistas geralmente se utilizavam de linguagem técnica normalmente usada por corretores de investimentos e consultores financeiros, sempre aparecendo em vídeos e imagens postadas nos grupos de WhatsApp como figuras bem-sucedidas, enaltecendo os retornos financeiros excepcionais e rápidos da plataforma. Algumas vezes, eles exibiam, ainda, veículos e bens variados supostamente adquiridos com os altos e falsos retornos – o dinheiro usado para a compra dos bens pelos golpistas, na verdade, era o dinheiro das próprias vítimas.

Foto mostra traseira de veículo de luxo Porsche.
Nas redes sociais, golpistas exibiam veículos e bens variados adquiridos com dinheiro das vítimas – Foto: Divulgação/Polícia Civil

Vítimas devem procurar a polícia e registrar ocorrência

Em casos de golpes financeiros, parte das vítimas sente medo ou até vergonha de procurar a Polícia Civil. Até o momento, pouco mais de 50 vítimas já efetivaram registros de ocorrência policial nos estados do RS, SC e SP, o que significa que a maioria das pessoas lesadas ainda não efetivou a comunicação policial. A Polícia Civil orienta as vítimas a registrarem a ocorrência policial, que é fundamental para a devida responsabilização criminal dos golpistas, possibilitando, ainda, o ressarcimento mais rápido e efetivo das vítimas.

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