Atacante fará trabalho de preparação física enquanto está parado, mas não retorna a tempo do duelo com o Racing, na próxima quarta-feira
Por Letícia Marques e Luiza Sá — Rio de Janeiro
Pedro sofreu uma fratura no antebraço direito na vitória do Flamengo em cima do Racing pela semifinal da Libertadores. Com uma imobilização até acima do cotovelo, o jogador está fora da partida de volta, na próxima quarta-feira, na Argentina. Não há como definir o tempo exato de recuperação porque há a necessidade de monitorar a evolução da calcificação do osso.
A imobilização do atacante foi feita para impedir a rotação do osso fraturado e garantir a adequada consolidação da lesão. O Flamengo vai avaliar dia a dia o quadro, mas já sabe que o jogador vai desfalcar a equipe em algumas partidas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/Z/R/llUvuASqWD5STTp45uBw/20-2-.jpg)
Pedro com dor na mão em Flamengo x Racing — Foto: André Durão
Optando pelo tratamento sem intervenção cirúrgica, é preciso imobilizar o braço com uma órtese – uma espécie de tala para o braço. A partir disso, é feito um acompanhamento para a consolidação da fratura. Exames de radiografia são feitos para monitorar a lesão. Caso não evolua, a cirurgia é indicada para recolocar os ossos no lugar.
Pedro pode jogar? O que diz a Fifa?
Colocar o atacante em campo é considerado um movimento arriscado, pois há possibilidade de piorar a fratura. Pedro é um atacante que utiliza muito o braço em seu estilo de jogo, principalmente para fazer a proteção da bola e o pivô.
Enquanto estiver imobilizado, Pedro seguirá apenas fazendo trabalhos específicos com a preparação física. A decisão de momento é não colocá-lo em campo imobilizado. Os próximos passos serão decididos em avaliação dia a dia da evolução da lesão.
Além disso, a Fifa limita questão de proteção para os jogadores que estão em campo. Isso porque, determinadas proteções podem ser consideradas “armas” no jogo.
A Fifa cita na “Regra 4”, intitulada “Equipamento de Jogo”, que proteções são liberadas desde que sejam luvas, capacetes, máscaras faciais e protetores de joelho e braço feitos de material acolchoado, macio e leve. O material não pode ser perigoso para o jogador que o usa ou para qualquer adversário, não podendo ter nenhuma parte estendendo-se para fora da superfície.
O material aprovado pela Fifa e que é comum em proteções de cabeça é o polipropileno, um termoplástico versátil, leve e resistente geralmente utilizado na confecção de produtos médicos.
No caso de Pedro, como a utilização de faixas não reduziriam o impacto do possível contato com outro jogador, a solução seria uma proteção confeccionada a partir do polipropileno e adaptada para o local fraturado no braço.
Para não correr risco de ter problemas com a proteção e ter o jogador vetado de entrar em campo, o clube deve informar com antecedência a Conmebol ou a entidade organizadora da competição sobre qual material e o modelo de proteção que será utilizado, sendo aprovado previamente e apenas checado pela arbitragem em campo momentos antes do início da partida.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/T/F/4ca4rwTwCEZpeWwBg8xA/9.jpg)
Pedro em Flamengo x Racing — Foto: André Durão
Relembre a lesão
O choque aconteceu aos 3 minutos do segundo tempo. Em uma bola espirrada, Pedro e Sosa se chocaram. O atacante esticou o braço para se proteger e levou a pior na dividida com o volante argentino.
Pedro seguiu com dores em campo até os 26 minutos da etapa final. Ele recebeu atendimento médico algumas vezes na lateral do campo até ser substituído.





