Campo Grande, 28 de março de 2024

AGORA REQUALIFICADA, 14 DE JULHO ABRE POSSIBILIDADES PARA NOVOS NEGÓCIOS

Com a nova Rua 14 de Julho, repaginada, mais bonita e agradável, é natural que surja a pergunta: o que ainda falta no comércio da via para que ela seja completa? Pois fomos às ruas para falar com quem frequenta o centro da cidade diariamente.

Considerado o coração comercial de Campo Grande, os consumidores apontaram alguns segmentos que, na visão deles, podem incrementar o leque de opções. A maioria citou a alimentação como um novo mercado para a região.IMG_5615-Copy

A estudante Maria Fernanda Lopes acha que faltam restaurantes na 14 de Julho. Opinião compartilhada pela promotora de vendas Ana Carla de Souza Ribeiro, que trabalha na via e sente falta de um local para fazer as refeições. “Tudo tem aqui, roupa, eletrodoméstico, mas um café seria legal, um restaurante com preço acessível. E está ficando tudo muito bonito, só acho que a rua tinha mesmo que ser fechada para os carros, deixar apenas para os pedestres”. Para o vigilante Jair de Paula, a instalação de espaços gastronômicos deixaria a rua ainda mais aconchegante.

E com esse calorão que faz em Campo Grande, a aposentada Edna Sarubi e a recreadora Thais Cardoso bem lembraram que uma sorveteria faz falta na 14. “Está faltando uma sorveteria, com espaço bom pra gente sentar, tomar um sorvete”, afirma Edna.

Já para o empresário Caio Franco, toda essa beleza que se posta agora merece a vinda de algo que faça o diferencial. “Faltam bares, eu acho que seria um chamariz legal, poderia trazer a vida boêmia, principalmente à noite. O comércio não pode viver só do período diurno, temos que deixar a 14 funcionando dia e noite. Tem que trazer bares, poetas, artistas, movimentar a cultura”.

O presidente da Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Juliano Wertheimer, se colocou à disposição da Prefeitura para desenvolver projetos na área da gastronomia para a região. “Concordo com a pesquisa, inclusive é uma posição nossa também, que se crie dentro dessas áreas de convivência nesse calçadão, pontos a se explorar como lanchonetes, cafeterias, sorveterias expressas. Uma sugestão seria criar uma estrutura, talvez até móvel, que já tem isso em outros calçadões do Brasil, com pontos modernos que façam uma comunicação com a população, que tenham uma estrutura voltada para a sustentabilidade, mas que se possa explorar pequenos cafés, salgados rápidos e sorvetes”.

Seguindo a tendência

Já acompanhando essa demanda, as empresárias Mary Andrade e Cler Zoghed acabaram de abrir uma cafeteria na esquina das ruas Maracaju e 14 de Julho. Mary está há um ano em Campo Grande, veio do Rio de Janeiro. Cler saiu do interior de São Paulo e aqui as duas se tornaram vizinhas e agora sócias. “Já conseguimos enxergar a prosperidade em pouco tempo. Os clientes chegam e elogiam bastante, falam que parece loja de shopping”, conta Mary. Ela lembra que pesquisou muito onde abrir a loja e logo percebeu a carência de um lugar mais aconchegante, diferente, na rua agora requalificada. “A mudança da Rua 14 de Julho influenciou bastante na escolha do endereço, vi que a via ficou muito bonita”. Para ela, além da localização e dos produtos, como o café gourmet, o diferencial está no atendimento, especial para conquistar o consumidor.

Expectativa para o Natal

Com a decoração natalina e a grande festa marcada para a inauguração da nova 14, no dia 29 de novembro, a previsão é de aumento nas vendas de fim de ano. “Depois de passado o período mais crítico das obras, percebemos maior ânimo entre os empresários da região e também entre os clientes. Mesmo antes do término da revitalização, a 14 de Julho está mais bonita, mais acessível para o trânsito de pedestres, e mais convidativa às compras. Este ano o campo-grandense poderá aproveitar o Centro já revitalizado, e isso impactará diretamente nas vendas. Com as obras concluídas, esperamos que o movimento na região seja retomado, impulsionando as vendas”, comenta o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro.

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