Líder do Brasileiro, o Atlético-MG teve um jogo difícil contra o Fortaleza, que começou a rodada na terceira posição. A vitória atleticana por 2 a 0 (veja acima) saiu apenas no segundo tempo, com os gols de Zaracho e Junior Alonso. O técnico Cuca destacou a importante vitória fora de casa diante de um adversário qualificado, que não havia perdido como mandante neste Brasileiro.
O treinador avaliou a mudança de comportamento do time no segundo tempo, mas não considerou a etapa inicial do jogo ruim. Cuca ressaltou que não fez um trabalho de motivação com os jogadores no intervalo, mas sim analisou o desenho da partida e fez alterações táticas para o segundo tempo. Deu certo!
– A gente lê o jogo, analisa o que deu certo e o que não deu, onde você tem que ajustar alguma coisa defensivamente, onde você pode explorar ofensivamente. O segundo tempo foi melhor que o primeiro, mas o primeiro não foi ruim. Teve uma disputa por espaço, e qualquer detalhe faz a diferença. Esse é o tipo do jogo que quem sair na frente vai ter enorme chance de vencer. Não foi um jogo de muitas oportunidades no primeiro tempo, foram poucas, porque as marcações foram muito boas e a pré-disposição foi uma correria muito grande. No segundo tempo a gente teve um controle maior do jogo.
Cuca; Fortaleza x Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético
Com a vitória sobre o Fortaleza e a derrota do Palmeiras (vice-líder) para o Flamengo – que assumiu a terceira colocação – o Atlético ampliou a vantagem na ponta da tabela para sete pontos. A equipe carioca tem dois jogos a menos que o Galo e está oito pontos atrás. Questionado se o Rubro-Negro seria o principal rival na disputa pelo título, Cuca desconversou.
– É lógico que com a vitória hoje, o Flamengo tem dois jogos a menos e se eles vencerem essas duas partidas encostam. Em contrapartida a gente vem numa sequência muito boa de dez vitórias e dois empates, o que é muito difícil nesse campeonato. Mas eu não diria que é só o Flamengo adversário. O Palmeiras é adversário. O Corinthians está crescendo e qualquer equipe dessas, o próprio Fortaleza pode muito bem dar uma disparada e encostar aí na ponta de cima.
O Galo volta à campo na quarta-feira, dia 15, contra o Fluminense, pelo jogo de volta da Copa do Brasil. No sábado, o Atlético recebe o Sport, pela 21ª rodada do Brasileirão.
Outras respostas do Cuca
Formação inicial e Diego Costa
“Preenchemos um quarto homem por um lado que foi o Zaracho e ele taticamente foi muito bem. Depois nós mudamos ele de posição com a entrada do Réver, usamos ele pro meio do lado do Nacho também, e ele foi bem. E o Diego, em momento algum, a gente pensou nele como titular, porque ele vem num processo de entrar em condição de jogo e a gente sabe que tem que ter o cuidado, o devido o cuidado, jogador muito importante, já foi lá em Bragança foi hoje aqui de volta e esse espaço ele vai ganhar gradativamente sem pressa nenhuma e ele é muito consciente quanto a isso também”.
Tempo só de treinos
“O importante é você estar treinado e estar com força pra aguentar a maratona de jogos. Então quando tem uma parada assim: “ah vinha bem, deu uma parada”, mas continua bem. Hoje foi um jogo de dois times descansados, uma correria monstra, os cara correram muito, o calor incrível e uma condição física e sem nenhuma lesão, que é importantíssimo também, né? Algum desgaste durante o jogo, como tivemos alguns jogadores, agora cabe a recuperação deles. Quarta-feira já tem uma decisão com o Fluminense, e sábado tem jogo com o Sport e terça tem o Palmeiras numa semifinal de Libertadores. Então, em nove, dez dias são três, quatro partidas que você tem aí dificílimas. Então você tem que tá muito bem preparado.”
Volta dos setoristas na Cidade do Galo
“Quanto a volta dos setoristas, eu acho que não dá, porque o estádio vai poder por 30% do público né? E a gente não pode ser injusto e pôr 30% da imprensa só porque os outros 70% vão ficar muito brabo né? Então eu acho que vamos esperar mais um pouco.”
Treinamento de escanteios
“Eu treino escanteio todo o treino tático. Treino escanteio e bola parada é um chavão, se treina ele duas vezes por semana, pelo menos, pelo menos, às vezes três. E um dia, um posicionamento na batida, ela não entra por uma razão ou outra. E hoje entrou. Não é por falta de trabalho, que a gente teve dezessete escanteios, mas eu tava vendo esses sites de aposta sabe? Pô tem site que os cara postam: “Ah vai ter mais de oito escanteios no jogo, nove escanteios no jogo”. Cuquinha é louco por essas coisas aí né? Então eu fico vendo. No nosso teve dezessete para um lado e não aproveitamos nenhum. Hoje tivemos quatro e fizemos um gol. Então é aquele dia que é batido entra certo, que o jogador encontra o espaço certo, como o Nacho fez e como o Alonso fez também.”
Zaracho e Réver
“Bem, o Zaracho é um jogador tático importante, daquele tipo de jogador que encorpa o time, faz o quarto homem. Eu lembro do meio campo que eu joguei e jogava Bonamigo, Cristóvão e Cuca, Valdo, Lima e Jorge Veras. O que fazia o nosso time pegar corpo era o Valdo, que era o quarto homem que vinha do meio, da ponta pro meio, que encorpava o time. E vira e mexe eu gosto de ter times que tenha esse quarto homem e tem um outro lado de mais velocidade. E hoje foi isso que a gente pensou pra esse jogo, não é uma uma coisa que a gente faz seguidamente, tanto que no segundo tempo, quando eu pus o Réver, respondendo sua segunda pergunta, eu fiz a linha de três atrás, pondo o Mariano e o e o Arana de alas e trazendo o Zaracho pra meia do lado do Nacho, ficou bem encorpado também.”
Por Redação do ge — de Belo Horizonte